A convite da Trip, três quadrinistas prestam uma homenagem aos companheiros de infância que só existiam na imaginação deles
O amigo imaginário de Laerte - 'Seu nome era Awr (pronuncia-se ‘hór’). O que o distinguia de outros heróis da selva era a sua tanga leopardo de suspensório. Era forte, grande, vingativo, sumário em seus julgamentos e inflexível nas suas decisões. Nossas conversas eram em monossílabos. Vivi boas aventuras com ele envolvendo vingança contra bandidos e invasores. Eram aventuras meio chupadas dos filmes do Tarzan. Awr sofria derrotas e quase morria, mas depois voltava com sede de sangue!' / Créditos: Laerte
João Montanaro: 'Quis ter um amigo imaginário depois de ler Calvin e Haroldo, quando eu tinha uns 6 anos. O nome dele era algo como Arnaldo ou Aderbal. Não queria que fosse um tigre como o Haroldo, então saiu uma onça, mas depois foi mudando a forma. Tocava clarinete' / Créditos: João Montanaro
Fernando Gonsales - 'Não me lembro de ter tido um amigo imaginário na infância. Mas imagino que, se esse amigo existisse, ele seria enorme, forte e monstruoso. E possivelmente eu moraria em suas entranhas, controlando suas emoções e seus movimentos. É isso! Agora entendi! Nunca havia me lembrado de meu amigo imaginário antes justamente porque eu morava DENTRO dele!' / Créditos: Fernando Gonsales
