O cantor Ritchie tem todo um embasamento na hora de explicar seu maior sucesso, ’Menina Veneno’
Ritchie poderia ser um daqueles gringos que vêm para o Brasil, se apaixonam por uma brasileira e decidem viver aqui, não fosse seu caso vivido com uma mulher que não existe, a “Menina veneno”. Coautor da música mais tocada de 1983, o cantor diz que, apesar das interpretações de veneno como malícia ou de uma metáfora para sua relação com a heroína, a letra é inspirada em “arquétipos jungianos” e fala sobre “uma donzela venenosa, uma manifestação feminina. Nunca foi sobre aquela gostosa. Depois, a ‘Menina veneno’ desapareceu e se tornou ‘A mulher invisível’ [canção de seu segundo disco].”
"Membro ativo no clube dos excessos nos anos 70 e 80, Ritchie foi até lembrado como uma espécie de traficante na biografia de Nasi, ex-vocalista do Ira!, escrita pelos jornalistas Mauro Betting e Alexandre Petilo. “Quando chegou ao Brasil, Ritchie trouxe um carregamento de 3 mil ácidos camuflados no salto de sua bota", diz no livro Ricardo Gaspa, ex-baixista do Ira!. Ritchie desmente: “Sei que rolou muita coisa naquela época, um monte de gente tomando, inclusive eu, mas aí é mitologia."