Quantas vezes...
Quantas vezes chorei baixinho
Com medo de despertar a dor
Que dormia calada...
Quantas vezes sonhei com uma vida maior
Do que aquela que me continha...
Quantas vezes a ânsia, o desespero
E a voracidade de viver
Foram maiores que meu corpo e circunstâncias...
Quantas vezes estive à margem
De mim mesmo e não atravessei
Não ousei e fiquei de olhar baixo
Sentindo minha vida tomando a forma
De minha vontade relaxada...
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Luiz Mendes
22/08/2012.