A ocasião é nobre!

por Stephanie Stupello

O soul vai te puxar para a pista, cheia de talco, no aniversário de 2 anos da Talco Bells

Essa semana o Talco Bells comemora seus dois anos de existência. Para celebrar em grande estilo, serão duas festas: a primeira acontece hoje no Vegas Club, a outra é sexta-feira no Hotel Cambridge. E os DJ’s Filipe Luna, Elohim Barros, Guilherme Luna e Bruno Tortura convocam “Erguei vosso espírito e lustrai vossos sapatos. A ocasião é nobre.”. Se prepare para escorregar no salão com o melhor do soul music.

Há algumas semanas a Trip colocou no site a entrevista que fizemos com os colegas da revista, Elohim Barros, diretor de arte, e Bruno Torturra, repórter, sobre a festa. Para quem perdeu: 

Há quanto tempo existe a festa?

Bruno- Dois anos esse mês.

E vai ter alguma comemoração especial?

Bruno- Vai. Dia 29, sexta-feira, no Cambridge. Porque a festa começou "de" sexta, uma vez por mês no Cambridge. A gente toca em dois lugares diferentes, no Vegas "de" terça-feira duas vezes por mês e no Cambridge. É como se a do Vegas fosse um pocket. 

E como começou? 

Bruno- A gente sempre falou de fazer uma festa para tocar soul music. A gente sempre achou que soul music é a melhor música e que na verdade você ouve pouco, e quando você ouve os caras colocam no meio de um set. E aí eu e o Filipe viajamos juntos, e fomos a uma festa que tocava soul e que tinha talco no chão. Não é novidade nenhuma, e não se usa há décadas. Mas em forró se usava, em gafieira se usava, em samba, porque facilita. E a gente fez essa festa, e deu super certo. 

Elohim- Aqueles amigos que nunca dançam, você joga o talco no chão e o cara dá uma escorregada, daqui a pouco está dançando e você fala: Te vi dançando! “Eu não! Tinha talco no chão.” 

Bruno- E é a combinação, porque é um som que é para dançar mesmo, é um som natural. É difícil ficar parado. Te puxa! 

Toca soul music a festa inteira? 

Bruno- É soul music mesmo. É que tem suas pequenas vertentes, toca um pouco de instrumental, sempre toca um pouco de Roberto Carlos, que tem umas músicas soul dele, toca umas músicas um pouco lentas, mais bailinho. Mas é balada de soul. 

Elohim- O que acontece é que a música negra começou no soul, foi virando funk e acabou no disco. E a gente beira ela virando funk, mas a gente nunca chega no funk. E algumas coisas que tenham um pouco o ritmo latino, mas que seja a fusão. Algumas coisas que permeiam, mas que tenham como base o soul. Às vezes toca um Chuck Berry, mas tem mais aquele balanço que não é rock. 

E como funciona a divulgação, já que vocês são os responsáveis? 

Bruno- A gente não pega no pesado. Uma vantagem nossa é que a gente não depende da festa. Então, a gente não tem o negócio de “vamô bomba, vamô enche”. É algo que a gente faz para se divertir, se for para ter dor de cabeça, nem vamos fazer. E a gente tem uma divulgação super natural, a gente manda para o mailing dos nossos amigos, coloca no Facebook, e acho que o que rola é que a festa é boa e as pessoas falam umas para outras. 

Elohim- Existe um cuidado, eu faço os convites, faço com cuidado. Pego capas de discos antigos para fazer. Então ajuda, porque tem o cara que é da arte, dois de texto. O cara senta e faz o texto e era uma vez. 

Bruno- A gente tem camiseta, adesivo, fizemos um postal de fim de ano e tal. Mas não é uma divulgação na pressão. Assessoria de imprensa, que pede destaque. Está no boca a boca. É uma coisa bem simples mesmo. A gente sempre teve certeza de quem soul music funciona em festa. E não existe uma festa disso em São Paulo. Noite black: vai tocar um monte de coisa que a gente não gosta tanto. A gente quis fazer uma festa disso. 

Elohim- E até mesmo pelos DJ’s, são quatro DJ’s, e apesar de serem apaixonados pelo soul, cada um é apaixonado pelo soul de um jeito diferente. Então, tem um que gosta mais daquela coisa mais pop do soul, o outro gosta um pouco mais do pop pro rock o outro gosta mais do funk. Tem quatro pessoas preocupadas em ser só soul. 

Bruno- E com discos diferentes na mala. A discoteca é diferente e tal. E outra coisa é que a gente não faz os sets separados, no “agora é minha vez”. Varia muito. Teve uma época que era uma música cada um, e ai ficava os quatro lá em cima. E era meio chato, porque você não relaxa e não desenvolve uma narrativa sua. Agora ta variando, as vezes toca 4 músicas, as vezes fica meia hora. Mas a gente sobe na cabine muitas vezes. 

Talco Bells 

  • Quando: terça-feira, às 0h 
  • Onde: Vegas Club (Rua Augusta, 765, Consolação, São Paulo, São Paulo) 
  • Quanto: R$15 mulher, R$20 homem (também R$ 15,00 na lista de desconto) 

Talco Bells 2 

  • Quando: sexta-feira, 29/01, às 23h. 
  • Onde: Hotel Cambridge (Av. Nove de Julho, 210, Centro, São Paulo, São Paulo) 
  • Quanto: R$ 15
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