Ser
Às vezes me intriga pensar em como as pessoas podem ser o que são e como são. Uns condutores de bondes, outros feirantes, polícia, bandido e toda variedade das possibilidades humanas. Não consigo. Não consigo me definir por algo. Sempre acho que dá para ir mais longe se não houver definição. Creio que a definição blinda; define por algo e exclui as demais possibilidades.
Pensei me definir por escritor. Mas dentro da arte, fui me desenvolvendo para além dos livros e colunas. Cinema, teatro, Palestras, Oficinas, revistas, jornais, teses de TCC, pesquisas e tudo o que aparecesse e me sentisse competente. Sei também que sou capaz de aprender a conduzir bondes e já ajudei feirantes a armar barracas. Já fui ladrão, bandido, professor, escritor, oficineiro, artesão, palestrante, promotor de livros... Não sou isso. E nem quero ser. Ao tempo em que sou tudo isso e aquilo que for capaz de aprender.
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Luiz Mendes
09/04/2013.