por: Danone

Empresas B, de A a Z

apresentado por Danone

As empresas chamadas Benéficas estão crescendo no Brasil e no mundo. Conheça mais sobre esse modo de pensar os negócios

“As Empresas B redefinem o significado do sucesso, buscando não apenas ser as melhores do mundo, mas também ser as melhores para o mundo.” É dessa forma que o site do movimento define as empresas que se dedicam às causas socioambientais.

É bem verdade que o mundo corporativo é capaz de operar mudanças profundas no mercado e na forma como as companhias se relacionam e interferem no meio ambiente e na sociedade. Portanto, por que não usar tal alcance para construir um sistema econômico mais inclusivo, igual e regenerativo para as pessoas e para o planeta? É a esse propósito que as chamadas Empresas B, ou seja, “benéficas”, se dedicam: usam seu poder e influência no mundo dos negócios para resolver problemas.

A certificação de empresa B Corp nasceu em 2006 por iniciativa de Jay Coen Gilbert, que criou o B Lab, organização sem fins lucrativos que administra um sistema de classificação que abarca 180 fatores, dentre os quais o quão verde é o prédio de determinada corporação e como ela administra seus funcionários. Graças a essa iniciativa, muitas corporações vem colaborando com o sistema econômico global, realizando trabalhos relevantes e atuando para que as pessoas consumam de forma mais consciente.

“É uma chamada emergencial, pois já sabemos que no ritmo que estamos, não tem como sustentar o mundo”
Rodrigo Pipponzi

Certificar uma empresa como B, portanto, auxilia os consumidores a identificar as marcas que unem, numa visão de mercado integrada, desenvolvimento de negócios e desenvolvimento humano e do planeta. 

“Empresas que não podem ser ou não se comprometem em ser B talvez sumam, pois não estão conectadas com aquilo que o consumidor exige”, analisa Rodrigo Pipponzi, empreendedor social e cofundador da Editora MOL. 

Para ele, embora a agenda socioambiental ainda não dite, de fato, as regras do mundo dos negócios, a tendência é que ela ganhe cada vez mais espaço com as novas gerações chegando a posições mais altas em empresas ou empreendendo, com os conselhos de companhias pressionando-as a assumir posições mais sustentáveis e, também, com a atuação do mercado financeiro, que vem apostando alto em negócios de impacto. “A pressão social estimula o olhar para essa agenda. É uma chamada emergencial, pois já sabemos que no ritmo que estamos, não tem como sustentar o mundo”, reflete Pipponzi, que também é membro do conselho deliberativo do Sistema B no Brasil.

Uma pesquisa de 2018 feita pelo Instituto Akatu, organização sem fins lucrativos que trabalha para mobilizar a sociedade para consumir de forma mais consciente, mostrou que 56% dos consumidores estão em fase de transição para consumo de produtos responsáveis ambiental e socialmente, por exemplo.

Um importante movimento global está unindo marcas que compartilham esse propósito socioambiental: no mundo, são mais de 3.500 empresas certificadas como B Corp, destas, mais de 180 ficam no Brasil. A Danone acabou de receber a chancela de empresa B, a primeira grande empresa de alimentos e bebidas, e se junta a marcas como Dengo, Mãe Terra, Movida e a própria Editora MOL nesse rol de companhias comprometidas com o presente e, principalmente, com o futuro do nosso planeta. 

“Com a conquista da certificação aqui no Brasil, podemos afirmar que o grupo agora possui metade do seu faturamento global proveniente de negócios com a certificação B Corp. E é com muito orgulho que falamos isso, é muito gratificante fazer parte desse Movimento Global de Empresas B”, comenta Mauricio Camara, CEO da Danone Brasil. “Vale destacar que para uma indústria de alimentos de larga escala ser reconhecida como uma Empresa B é um desafio imenso e demonstra não só a nossa essência, mas principalmente o nosso modelo de negócio de impacto. A complexidade da nossa cadeia de valor é incomparavelmente maior a de uma pequena ou nova empresa, e aí está o diferencial e o pioneirismo dessa conquista, que só foi possível devido ao comprometimento, entusiasmo e trabalho incansável de nossas equipes, fornecedores, clientes e parceiros”, finaliza.

“Queremos inspirar e ser inspirados por uma rede de organizações com ideias semelhantes em direção a um modelo de prosperidade compartilhada e duradoura. Queremos incentivar que outras empresas privadas ingressem na construção de uma economia mais igualitária, sustentável e regenerativa para as pessoas e para o planeta. É fundamental que todos os elos da cadeia produtiva sigam essa premissa e pratiquem uma nova economia”, explica Cibele Costa Zanotta, diretora de Assuntos Corporativos da Danone que liderou esse processo no Brasil. 

“Está mais do que na hora de acelerar o mundo em direção ao Sistema B e o papel do empreendedor está relacionado ao nosso tempo. Estamos criando uma grande mobilização com empresas comprometidas em neutralizar suas emissões de gás carbônico, entre outras iniciativas importantes”, analisa Francine Lemos, diretora-executiva do Sistema B Brasil. “No Brasil, o movimento vem sendo construído com muita paixão por empresários que acreditam no poder dos negócios de gerar uma economia mais inclusiva e generativa.”

Na visão de Popponzi, o empreendedorismo social cresceu muito no país nos últimos dez anos e os jovens CEOs têm papel fundamental nesse incremento. “Esses novos empreendedores abrem negócios com propósito, para resolver problemas do mundo. Muitas empresas que já nascem B são pensadas de forma a buscar diversidade, a ofertar produtos democráticos no acesso, ser flexíveis em termos de horário, com boas políticas salariais etc.”. Quando a Editora MOL se engajou para receber a chancela de empresa B, há pouco mais de dois anos, implementou mudanças importantes que hoje fazem parte do DNA da empresa. “Passamos a olhar nossa governança de forma muito mais estruturada, criamos um acordo de cotistas e um conselho consultivo, além de termos expandido as licenças maternidade e paternidade de funcionários e assinado acordos internacionais, como os Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres. Percebemos que tínhamos de olhar para a política salarial de outra forma e, também, para nossos rastros ambientais. Hoje, nossas gráficas trabalham apenas com papel certificado e tintas de origem orgânica, por exemplo”, conta.

 A missão dos Sistema B no Brasil e das empresas certificadas é falar sobre o tema de forma que ele se torne menos abstrato para as pessoas e que seja possível, de alguma forma, propor uma nova forma de consumir, mais sustentável e amiga do planeta. 

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