São Paulo 18 de outubro, primeiro dia de horário de verão. O frio surpreendente no domigo não conseguiu esfriar os corações quentes dos quase 15 mil ali presentes, reunidos no lado externo do Auditório Ibirapuera para prestar um tributo à obra de Caetano Veloso.
É a já tradicional noite em que a Tripcelebra o potencial transformador da música. Quando o movimento Trip Transformadores, em sua nona edição, paga um tributo a vida e obra de um artista marcado pela rebeldia e a inquietude. O show Música e Transformação: Caetano 50 faz parte de um ciclo de eventos que se concluirá no mesmo Auditório. Em novembro, vamos novamente homenagear pessoas, ideias e projetos capazes de alterar (para melhor) a realidade onde estão inseridos.
E para contar essa história de 5 décadas da carreira, foi necessário reunir artistas da velha guarda como Fafá de Belém e Jorge Mautner, mas também nomes da nova geração, como Karina Buhr e Saulo Duarte e a Unidade. Mas o tratamento do público foi igual para todos que subiram ao palco: cantando em coro. Afinal, todo mundo ali tinha a sua favorita do repertório.
E por que celebrar 50 anos da obra de Caetano Veloso? Porque ele é um artista cuja obra personaliza a transformação. Que, de um jeito ou de outro, narrou através de suas canções o momento em que o Brasil se encontrava nas últimas 5 décadas. Caetano nunca ficou estagnado em determinada fase de sucesso na carreira. Ao contrário, fez questão de se reinventar, acompanhando as revoluções estéticas, ou mesmo antecipando-as. Afinal, a música não pára, e Caetano também não!