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Fe Paes Leme abre o jogo: amo a minha companhia

por Redação

A atriz e apresentadora, que acumula mais de 8 milhões de seguidores nas redes sociais e lançou uma websérie no Instagram, fala sobre vaidade, sexo, relacionamento e como está lidando com o isolamento

A atriz e apresentadora Fernanda Paes Leme deu seus primeiros passos profissionais ainda na juventude. Desde pequena ela dizia para os pais que queria estar na televisão, mas foi aos 15 anos que assumiu seu primeiro papel, no seriado Sandy & Junior, sucesso da TV Globo. E nunca mais deixou as telas. Aos 37 anos, Fernanda já viveu papéis em dezenas de novelas e filmes e, desde 2014, também é apresentadora.

Pioneira no Twitter, ela acumula mais de 4 milhões de seguidores na rede e outros 4 milhões no Instagram. Sua última aventura é a websérie no IGTV Fake Live, criada na quarentena ao lado do irmão, Alexandre. “Nas redes sociais, quanto mais você é de verdade, maior a probabilidade de existir uma identificação”, diz.

No Trip Fm, ela bateu um papo com Paulo Lima sobre coronavírus, vaidade, sexo, relacionamento e como está lidando com o isolamento. "Eu amo a minha companhia. Eu me conheço, me investigo, então talvez por isso que eu esteja solteira, inclusive", ri. "Porque não aceito qualquer pessoa que vai vir, sabe? E realmente tem muito boy lixo – vamos fazer essa reclamação!".

Confira o papo no play abaixo ou no Spotify do Trip FM.

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Trip. Não dá para escapar de falar sobre a Covid-19, ainda mais com alguém que recentemente experimentou lidar com esse vírus. Que nem é muito compreendido ainda, afinal, a medicina não sabe direito do que se trata.

Fernanda Paes Leme. Exato. É um grande ‘se’, né? Eu peguei Covid muito no início, ainda não tinha acontecido nenhuma morte no Brasil. No dia 11 de março soube que no casamento que eu tinha ido no final de semana anterior pessoas tinham testado positivo para Covid, fiz o teste e soube do resultado positivo. E foi curioso porque, num primeiro momento, eu neguei. Eu falei: “Eu não tô, claro que não, eu estou bem”. Porque eu estava um pouco assintomática. E depois os sintomas começaram a aparecer. Eu tive febre, muita tosse e muito cansaço, mas eu tive sintomas brandos. E no final do ciclo do vírus, no décimo dia, eu tive uma queda brava que me surpreendeu muito. De eu ter um quadro parecido até com uma adenite mesentérica, que é uma inflamação. Eu fiquei bem mal e foi quando também todo mundo entrou em quarentena, mais notícias chegando... Foi quando eu vi: cara, que rasteira que eu recebi no final. Eu estava achando que estava tudo bem. E ainda não tinha nenhuma morte no Brasil. Depois a gente foi só ladeira abaixo e seguimos assim, né?

Você falou agora sobre essa palavra fatídica, a morte, da qual a gente foge. Eu nunca vou esquecer de uma cena, um atropelamento de uma pessoa na rua, e eu vi passar uma mãe com uma criança e ela pôs a mão nos olhos dos filhos. Eu achei aquilo natural, até porque a gente é ensinado que a morte é uma coisa para você não olhar. Depois fui estudar e ver o quanto isso é complicado, né? Negar essa finitude, essa coisa passageira que é a nossa existência. Acho que é a única certeza que a gente tem. Claro que é pior quando é feito de uma forma violenta ou por conta de uma doença, algo que aparece do nada assim.

Se você for estudar a história da humanidade, vai ver que grandes revoluções se deram depois de grandes traumas, grandes tragédias. Eu acho que é legítimo imaginar que o ser humano aprenda com o sofrimento. Você é muito jovem e quando a gente é mais moço tem realmente uma sensação, às vezes menos consciente, de que as coisas não vão acontecer com você. Essa experiência mexeu com você nesse nível, de entender que a gente pode sumir desse mundo a qualquer momento? Você falou da morte, que os pais não ensinam a gente, tampam o olho da criança para ela não ter que ver alguma coisa ou inventam, trazem um lado lúdico para isso, “virou estrelinha”. Essas coisas a gente vai ouvindo enquanto cresce. E isso também acontece muito com a solidão. Os pais fazem com que o fato de ficar sozinho seja um castigo. Então você vai ali pro canto, vai ficar sozinho. E muita gente, num momento como esse, está se deparando com a primeira vez de ser ver só. Mesmo estando acompanhado, aquele só com você mesmo, de olhar para dentro. E em relação à educação de uma criança, eu acho isso um erro. É importante brincar sozinho, é importante ver que você é sozinho, por mais que você possa contar com adultos e outras pessoas. Não sei se porque eu comecei a trabalhar muito cedo, ou porque eu tive contato com várias coisas na minha infância, a separação dos meus pais, alguns traumas, mas eu acredito que eu fiquei mais racional. E sempre gostei de ficar sozinha. Eu fui para o Rio de Janeiro, tive que me virar sozinha e eu era nova. Então por mais que doa – e isso tem que doer, porque só doendo que realmente a gente sabe que evolui –, é muito necessário. Eu acredito que momentos difíceis também transmitem uma luz pra gente em algum lugar. Então eu acredito que muita gente vai se transformar. E muita gente não, vai ficar igual ou pior. Eu acho que o ingrediente principal para qualquer tipo de transformação em momentos trágicos como esse é, sem dúvida, a compaixão. Mais até do que a empatia. Se esse sentimento passou por você em algum momento durante isso que a gente está vivendo, aí sim você pode se transformar. Não sei se por conta de eu ter pegado no começo – a gente não sabe ainda se tem imunidade, se não tem –, eu me vejo muito mais paranóica do que várias amigas minhas. Uma amiga da minha mãe morreu, então é isso, a gente acha que não vai acontecer com a gente, mas acontece. Às vezes o sintoma é brando e talvez você ache que "uhu, já passei por isso". Não, não é assim. Não se sabe o que pode acontecer. Pode ter uma reinfecção, pessoas próximas a você podem ter, então todo cuidado é pouco.

Eu estava me lembrando um programa seu, Viagem a Qualquer Custo, e você estava em Cuzco, no Peru, e ficou doente lá. Você estava arrasada, com problema de altitude, mas não deixou cair a peteca, continuou fazendo o programa. Você foi cedo para a televisão, então logo cedo começou a lidar com a exposição e a beleza, a sensualidade que a TV explora. E de repente você aparece detonada no quartinho lá do hotel. Eu achei muito legal porque é justamente a humanização dessa persona. Outras atrizes e profissionais ficariam muito incomodadas de exibir a imperfeição humana e você estava levando com muita naturalidade. Eu sempre fui muito espontânea desde pequena e pouquíssimo vaidosa. A vaidade foi aparecendo por conta da profissão mesmo. Quando eu gravava o seriado da Sandy e do Junior, eu fazia a patricinha, a gatinha, riquinha, que fazia escova no cabelo e estava sempre com roupas impecáveis. Só que eu, Fernanda, na vida real, era uma maloqueira. Eu usava calça larga, escutava Raimundos, usava gorro e não lavava a cabeça. Eles até tiveram que colocar um lavatório no camarim porque eu chegava com cabelo seboso. Então eu sempre fui uma menina desencanada. Uma frase que eu cresci ouvindo minha mãe falar é: "Bota um brinquinho na orelha". Quando eu comecei, eu trabalhei com mulheres lindas, grandes estrelas, que saíam em capa de revista. E esse lance do ego é óbvio que todo mundo tem, mas eu nunca fui de alimentar o meu. Sempre fui muito pé no chão e eu acho que também o fato de ter trabalhado pela primeira vez com a Sandy e com o Junior, que são muito humildes, foi uma escola sim pra mim. Porque eu fiquei quatro anos ali ao lado deles na série. Então nem que eu quisesse me achar e surtar com o sucesso que a gente estava fazendo – porque a gente fez muito –, não tinha espaço pra isso. Porque imagina, as maiores estrelas da série estão ali sendo legais e humildes. E depois quando eu mudei para o Rio de Janeiro, aí já trabalhando no Projac, eu tive esse contato com outro tipo de estrela, outro tipo de vaidade, e que eu nunca admirei. Coisas do tipo ter atitudes para passar por cima de outras pessoas, para aparecer mais ou querer estar sempre bonita. Nunca fui vaidosa na maquiagem, nunca fui fã dessa estética perfeita. Então, para mim, quando me vi tendo a oportunidade de apresentar um programa onde eu seria eu mesma, de cara mais lavada, eu amei. A gente viajou, não tinha maquiador, absolutamente nada. E realmente em Cuzco eu estou bem desaplaudida porque passei a madrugada mal. E a coisa dessa desconstrução a gente vê na série que eu lancei, no IGTV, no meu Instagram, que é o Fake Live. E, mais do que no Viaje a Qualquer Custo, no Fake Live eu estou sem make mesmo e ainda tenho o quê? A famigerada câmera frontal, porque eu me filmo o tempo inteiro, mas sem estar me colocando nos melhores ângulos. É como se o seu celular na minha mão tivesse aberto, como se tivesse alguém ali me observando por essa câmera.

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Em 2011, nove anos atrás, você deu uma entrevista para a Tpm e a repórter fala que você não saía do celular. Você foi uma das primeiras que mais rapidamente ganhou milhões de seguidores. Hoje você tem mais de 4 milhões de seguidores no Instagram. Será que foi essa espontaneidade, essa coisa meio desencanada, que evidentemente funciona nas redes sociais, que gerou esse salto de audiência logo no início? Porque, ao contrário da televisão, é onde você procura justamente a falha, o espontâneo, a coisa humana. Com certeza foi isso, não tenho dúvida. Eu fui a primeira atriz a ter Twitter no Brasil. A Julia Faria, amiga minha, tinha ido morar fora e ela falou: “Cara, você tem que fazer esse Twitter”. E aí a gente fez e de repente eu viciei. Eu andava na Globo falando: "Você tem que ter Twitter". Ficava na praça de alimentação criando o Twitter para as pessoas. Então foi uma época que, sem falsa modéstia, todo mundo queria ser meu amigo ali, interagir comigo para ganhar seguidores. E foi justamente o que você falou. Ali eu era super espontânea, comentava o que passava na TV, principalmente esportes, e num tempo onde as pessoas não achavam comum mulheres entenderem de futebol. Qualquer jogo que passava eu comentava no Twitter. Então isso me fez ganhar muitos seguidores, as pessoas ficaram muito entusiasmadas e também se espantadas com isso. Gente, eu sou de uma família de jornalistas esportivos, meu pai é o Álvaro José, meu avô também é comentarista esportivo, trabalhou na Band com o Luciano do Valle. Eu fiz até aula de vôlei, fui federada. Tentei uma carreira de atleta, mas não deu certo. Meu pai queria que eu fosse a Fernanda Venturini, mas eu virei a Paes Leme mesmo. Nas redes sociais, quanto mais você é de verdade, é espontânea, maior a probabilidade de existir uma identificação. Porque teve um tempo em que os atores não podiam fazer tanto jabá, tanta presença, para não desconstruir e serem vistos como pessoas físicas. Era admirado pelo diretor, pelo autor, o ator que era mais reservado. E hoje em dia a gente vê pessoas sendo escaladas pelo número de seguidores. O jogo virou. Isso não é ruim, nem é bom, a gente não está julgando nada disso. Eu tenho um lado meu que gosta de ser reservada. As pessoas não conhecem muito a minha vida pessoal, os meus namorados, eu não exponho tanto assim, por mais que eu seja uma pessoa tão ativa nas redes. Acredito que eu tenho encontrado esse equilíbrio.

Eu entendo que as mulheres da sua geração vivem uma transição muito interessante do universo feminino. A Tpm vai fazer 20 anos e ela talvez tenha sido um gatilho detonador de uma nova atitude e de um outro jeito da mulher se posicionar. Você vem daquela geração que lia Capricho, que estava sendo treinada para ser uma mulher funcionando a serviço do universo patriarcal. O mundo está aprendendo a lidar com uma transição gigantesca e fundamental que ainda está no começo. Como é que está sendo para você essa mudança da postura da mulher, o próprio feminismo em todas as suas formas, nuances e manifestações? Você ainda acha que a mulher está numa posição subjulgada? Como é sua visão? Sem dúvida as coisas estão caminhando. Ninguém pode dizer que é igual há dez anos. Muita coisa aconteceu e por conta das mulheres botarem a boca no mundo e cada vez mais falarem sobre elas, o que aconteceu com elas, o que elas não aguentam mais. E o que a gente quer, sabe? Alguns homens ajudaram nisso, no sentido de serem bons ouvintes e serem aliados. E isso também é importante. Claro que é uma luta só nossa, mas é muito importante ter cada vez mais pessoas em volta. Eu acredito que a gente tem que continuar gritando e vai ter que continuar militando por muito tempo. É claro que é um alivio ver cada vez mais essas quebras de padrões de beleza, de estética. Eu não vou mentir que eu comemorei a queda da Victoria’s Secret, por exemplo. É uma queda importantíssima para as mulheres, para o padrão estético. Eu acho que a internet também é uma grande aliada nisso. Qualquer coisa que acontecer você aperta o play da câmera, posta nas suas redes sociais, marca um veículo importante e aquilo vai criando uma voz, com aquela palavra linda que é a sororidade. As mulheres estão dando mais as mãos umas às outras e isso, para mim, é um dos movimentos mais bonitos. De você olhar: eu torço por ela, não preciso competir com ela. Então é de um grande alívio muitas coisas estarem acontecendo e, principalmente, as meninas falando até de abusos. Porque eu imagino o peso que deve ser tirar isso de você e ser ouvida.

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Na Casa Tpm, você encenou ao lado de Alejandro Claveaux uma história de um casal que está brigando durante a pandemia. Ele fala para a mulher que acha que não a ama mais. Eu fiquei pensando, como é para uma menina jovem, que está no auge da sua vida, de repente não poder mais sair de casa? A gente perguntou isso pra Cleo na Casa Tpm e a resposta dela foi ótima: “Agora é o momento de plantar”. Como é que está sendo pra você esse aspecto, sua vida afetiva? Tem muito casado que diz que esse momento de quarentena é a vingança, como se estivesse em vantagem. Eu não diria isso, acho que está todo mundo ferrado mesmo. Se a gente estivesse bem não estávamos em casa, vivendo tudo isso. Não tem como não refletir na gente. E assim, fácil não está, né? Porque realmente tem alguns momentos em que eu sinto falta de um cobertorzinho de orelha, de trocar com alguém, de transar, de brigar, de algumas coisas que são naturais. Eu sempre admirei a Cleo e não à toa. Ela diz que ela está semeando, né? Eu tive até alguns dates virtuais, de abrir a câmera, tomar um vinho e tal. Pessoas que eu já conhecia, não foi blind date. Eu recebi uma proposta para isso, mas fiquei um pouco assustada e não topei. Mas assim, não tem jeito. Por mais que a rede social aproxime a gente num momento como esse, chega uma hora que precisa ser físico. E eu também não entrei muito nessa ansiedade: "E agora? Estou solteira, estou sozinha". Eu sou uma solteira confortável, que é diferente de ser uma solteira convicta. Eu amo a minha companhia. Eu me conheço, eu me investigo, então talvez por isso que eu seja solteira, inclusive. Porque não aceito qualquer pessoa que vai vir, sabe? E realmente tem muito boy lixo – vamos fazer essa reclamação! Então eu resolvi deixar essa ansiedade da solteirice. E também não só uma ansiedade, é claro que ainda existe essa pressão. Imagina, uma mulher de 37 anos que não casou, que não tem filhos. Essa pressão é uma coisa que eu já passei, ainda passo, que eu sofro, inclusive até da minha própria mãe. E eu lido da melhor forma possível, mas também é uma libertação. Eu não sei o que vai acontecer, não sei se eu vou ter filhos. Eu tenho vontade? Tenho. Mas não sei se eu vou ter, se vou casar. E tudo bem, sabe? Porque aonde está escrito que essas coisas têm que acontecer? Eu tenho vontade de ter um parceiro, obviamente, eu gosto de estar com alguém, gosto da troca. Mas eu resolvi que tudo bem eu ficar sem fazer nada, em casa, tudo bem eu ficar vendo um monte de série, comendo. E aí chegou o momento que foi um encontro com meu irmão. Que foi quando eu vim pra São Paulo, depois que eu me curei do coronavírus, e falei pra ele: "Eu queria produzir alguma coisa minha, mas ao mesmo tempo não sei, não estou com vontade de fazer nada". E aí ele veio com a ideia da minha websérie, Fake Like, que está lá no meu IGTV. A gente ainda está gravando, os episódios saem toda sexta-feira. Eu faço a direção de fotografia, meu irmão dirige, é o roteirista, é uma criação nossa. Então virou um trabalho, sabe? Eu sou produtora executiva, então é um projeto nosso. A gente viu isso também como uma forma de criar uma válvula de escape. E o primeiro vídeo bateu 1 milhão e 200 mil views, o segundo já bateu 1 milhão. Então as pessoas também estão gostando e isso está sendo muito legal. A gente está feliz com isso. Se a gente tirou uma coisa boa desse momento é essa conexão com a minha família e, principalmente com o meu irmão, o Alexandre Paes Leme, que é uma pessoa que eu admiro muito. A gente está criando uma coisa juntos, fazendo uma série inovadora, diferente. Tem sido um grande alívio para um momento tão difícil.

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São incríveis esses números de audiência e essa autonomia, você fazer tudo dentro de casa. Além da sua participação na Casa Tpm, teve uma outra colega sua que foi brilhante, a Claudia Raia, que fez um quadro que chama Chutando o Balde. Numa das passagens ela se define como "transarina libidinosa", que ela explicou que é uma mulher que adora sexo. Imagine que por, razões de saúde pública, a gente tenha que fazer esse isolamento por mais oito meses. Esse aspecto sexual vai te enlouquecer ou você vai levar tranquilamente? Graças ao meu vibrador, eu não vou sair correndo. Eu vou continuar em casa. Eu tenho gozado, tenho me divertido sozinha. Eu acho que é muito importante isso. As mulheres têm que se tocar, se descobrir, e, talvez inclusive num momento como esse, não só as que estão sozinhas, mas as que têm seus parceiros. Se masturbar não é uma coisa ruim, uma coisa feia, errada, nem nada disso. Eu tenho tido vários bons momentos comigo, inclusive de descobertas – e olha que eu tenho vibrador há muito tempo. Eu ganhei de um namorado meu que morava fora meu primeiro vibrador. E eu amei, inclusive amei ter ganhado isso do meu namorado porque num mundo tão machista o boy dar pra namorada um vibrador é legal. E depois eu ganhei esse que eu tô agora, porque aquele lá, coitado, já morreu, obviamente, trabalhou bastante. Esse que eu tô agora eu ganhei da Ingrid Guimarães, que é outra expert em vibradores. Ela fez o filme De Pernas pro Ar e mandou um kit promocional – e eu nunca fui tão feliz em divulgar uma coisa para uma amiga. Ele é sensacional, é um sugador de clitóris. Recomendo a todxs, casados, solteiros. Então, se essa pandemia seguir, eu estou muito bem acompanhada. E também, se conhecer alguém virtualmente, você pede para fazer o teste, ficar 14 dias dentro de casa sem sair, você também faz a mesma coisa, e aí pode se encontrar. Eu tenho amigas que começaram a namorar nessa quarentena dessa forma. Super seguras e estão com um novo amor, um amor pandêmico.

Créditos

Imagem principal: Divulgação

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