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As sete vidas de Tainá Müller

por Redação

Uma das primeiras a deixar a televisão pra se aventurar no streaming, a atriz conta o que guia suas escolhas e fala de felicidade e maturidade

"Decidi ser atriz porque entendi desde cedo que a vida, no curto espaço que ela me oferece, não daria conta de tudo o que eu queria fazer", diz Tainá Müller.

Uma das primeiras a deixar a televisão e se aventurar no streaming, para dar vida a uma escrivã de polícia na série "Bom Dia, Verônica" (2020), a atriz bateu um papo sincero com Paulo Lima no Trip FM sobre sua trajetória, felicidade e amadurecimento. "Eu me sinto, de fato, mais inteligente do que quando era mais jovem. A gente costuma falar 'mais sábia', mas é mais inteligente mesmo. Você saca o código de como funcionam as coisas, a vida, as pessoas, as relações", conta.

Em cartaz ao lado de Reynaldo Gianecchini na peça “Brilho Eterno”, ela também compartilha experiências sobre a gravação da série “Faro”, para a RTP de Portugal, e promete o lançamento de um documentário emocionante sobre paternidade trans, que acompanha a vida dos artistas Isis Broken e Lourenzo Gabriel.

O programa fica disponível aqui no site da Trip e no Spotify.

Trip. Em que momento você decidiu que queria ser atriz?

Tainá Müller. Decidi ser atriz porque, desde cedo, entendi que a vida, no tempo que me oferecia, não daria conta de tudo o que eu queria fazer. Ser atriz é como um menu degustação: permite experimentar diferentes vidas e emoções.

Em uma entrevista, você mencionou um momento fugaz de felicidade plena que sentiu ao passear com seu marido. O que tornou esse instante tão especial e marcante para você? São aqueles momentos raros que trazem um vigor de alma, mas que também carregam uma dor, porque sabemos que vão passar. Esse paradoxo nos faz querer aprisioná-los. Hoje, com os celulares, filmamos e fotografamos tudo, mas, no fundo, acabamos deixando esses momentos escaparem. Talvez o cinema seja justamente isso: uma arte que tenta capturar o sublime.

Como você tem lidado com a passagem do tempo? Na verdade, eu me sinto mais inteligente. Muitas pessoas dizem que ficamos "mais sábios" com o tempo, mas acho que ficamos realmente mais inteligentes — se não nos descuidarmos. Se exercitarmos a mente e fizermos boas escolhas, começamos a entender melhor o código das coisas, das relações, da vida. Acho importante lembrar que tudo é efêmero, tanto a posição de sucesso quanto os momentos difíceis. Isso guia as minhas escolhas.

Créditos

Imagem principal: Jorge Bispo / Divulgação

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