O disco de estreia de Marina Melo chega às redes com canções leves e também com crítica à violência contra mulheres
Em Portugal, cantautora é a junção de cantora com autora, e é exatamente assim que Marina Melo gosta de se definir. Aos 25 anos, a paulistana acaba de finalizar seu primeiro disco, Soft Apocalipse. "Comecei a estudar canto com 17 anos, mas não dava muita bola pra isso. Só entendi qual era o meu lugar na música quando comecei a compor. Sou aquela que canta o que compõe", diz.
Seus tios e avós sempre tiveram afinidade com música, inclusive uma de suas avós tinha o sonho de ser maestrina – e foi fonte de inspiração para uma das composições de Marina. Única menina entre dois irmãos irmãos, ela surpreendeu a família quando escolheu seguir a carreira artística. "Quando estava na escola, tinham certeza de que eu escolheria uma carreira universitária. Eu era muito CDF! Neste momento é diferente, tenho certeza que é música que eu quero. Talvez, daqui 20 anos, eu vire veterinária, sabe? Não! Na verdade veterinária nunca!", ri.
Com divulgação de uma faixa por semana, a música “Laura” chamou a atenção ao ser lançada às vésperas do Dia Internacional da Mulher. A canção forte foi inspirada na campanha #meuprimeiroassédio: “quando você rasga uma, rasga todas nós”, diz o refrão. “De repente percebemos quantos segredos escondíamos. Foi muito bom ver o surgimento dessa rede de mulheres”, conta a cantora.