Sumiu. E daí?
Quando a mulherada cruza o Cabo da Boa Esperança, ali em algum momento perto dos 36 anos, o assunto filhos entra na vida, quer queiram as moças ou não. Avós, tias, vizinhas, a gerente do banco e uma horda de intrometidas afins começam a assuntar: “E aí, o relógio biológico, ainda nada?”. Mesmo quem está evitando pensar sobre o assunto se vê diante da necessidade de, ao menos, ter uma respostas padrão em mente. Se existe alguma mulher nessa faixa etária que nunca gastou seu tempo matutando sobre o assunto, que fale agora ou cale-se para sempre.
Pois bem. Tenho reparado que nessa fornada atual de seres humanos, pelo menos por aqui na minha quebrada, ainda há muita gente que pensa nos filhos como uma evolução normal do marido. Quer dizer, primeiro tem que apaixonar, depois amar, pra daí casar (aqui, se der, comprar uma casa), pra só então, enfim, ter filhos. Caraca. Que trampo. Cansei só de enumerar.
Demoramos tanto para conquistar tão pouco e ainda seguimos esse modelo padrão. Jura? Por nós algumas queimaram sutiãs, outras foram deserdadas pelas famílias. Tudo para poder estudar, trabalhar ou apenas namorar “o cara errado”. Pra quê? Pra em pleno século 21 a mulherada sonhar com o vestido branco e as meias na janela no Natal? Como diria Cris Naumovs, “que ano é hoje?”. Gente, marido é bom, mas filho é melhor. Juro.
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