Vestida de repórter especial, Regina, coordenadora de produção da Tpm, cobriu o primeiro dia do Indie Rock Festival
Por Regina Trama Fotos Rodrigo Sacramento
Indie, corruptela de independente. Numa época em que brotam bandas a cada segundo em cada centímetro do mundo, o legal é descobrir a banda mais desconhecida que toque o som mais estranho e que seja da menor cidade possível. Se ela se encaixar em todos esses requisitos... Bingo! É uma banda indie. Mas se a banda é tão indie assim por que ela viajaria o mundo fazendo shows? Será que uma turnê mundial não afastaria os fãs? Essa era minha dúvida na primeira noite do Indie Rock Festival, show que reuniu na quinta-feira (26), no Via Funchal, em São Paulo, uma amostra do som independente do momento. O festival, dividido em duas noites, prometia um clima mais setentista na noite de quinta e mais rock'n'roll na noite sexta. Sempre fui fã de Creedence, Doors e Santana, essa deveria ser minha noite então. Lá pelas nove o pouco público já dava uma demonstração do que afinal era ser indie em 2007: muita barba, cachecol e jeans justo. Um visual que fingia ser muito despretensioso mas que no fundo foi milimetricamente pensado. A primeita banda da noite, Moptop, apesar de "independente", já tocou na TV Globo e na MTV. Com uma mistura de Strokes e Los Hermanos, os cariocas tocaram um som redondíssimo, de muita qualidade, mas não muito diferente do CD. Aos poucos o público foi preenchendo o espaço vazio, e a banda nacional Hurtmold entrou em cena. Foi praticamente como se tivessem soltado um CD de música ambiente instrumental. Não sei nem se eles conseguiriam repetir a performance ou se tudo era uma grande improvisação. As pessoas ficavam de costas para o palco, conversando. Talvez o mais importante era serem vistas lá, curtindo ou não o show. Depois de um intervalo eterno a estrela da noite, a banda The Magic Numbers, entrou no palco visivelmente emocionada com o público. A sensação era que eles não imaginavam que alguém aqui na América do Sul poderia conhecer o refrão de suas músicas. Mas conhecia, e bem. Um guitarrista incorporando Janis Joplin, figurino saído do armário da mamãe, muita barba e muito cabelo. Com um som folk-anos70-hippie-rock, os fofinhos levantaram os indies, que, apesar de automarginalizados, cantaram inteirinho um cover da Beyoncè. Hoje tem mais.
Indie, corruptela de independente. Numa época em que brotam bandas a cada segundo em cada centímetro do mundo, o legal é descobrir a banda mais desconhecida que toque o som mais estranho e que seja da menor cidade possível. Se ela se encaixar em todos esses requisitos... Bingo! É uma banda indie. Mas se a banda é tão indie assim por que ela viajaria o mundo fazendo shows? Será que uma turnê mundial não afastaria os fãs? Essa era minha dúvida na primeira noite do Indie Rock Festival, show que reuniu na quinta-feira (26), no Via Funchal, em São Paulo, uma amostra do som independente do momento. O festival, dividido em duas noites, prometia um clima mais setentista na noite de quinta e mais rock'n'roll na noite sexta. Sempre fui fã de Creedence, Doors e Santana, essa deveria ser minha noite então. Lá pelas nove o pouco público já dava uma demonstração do que afinal era ser indie em 2007: muita barba, cachecol e jeans justo. Um visual que fingia ser muito despretensioso mas que no fundo foi milimetricamente pensado. A primeita banda da noite, Moptop, apesar de "independente", já tocou na TV Globo e na MTV. Com uma mistura de Strokes e Los Hermanos, os cariocas tocaram um som redondíssimo, de muita qualidade, mas não muito diferente do CD. Aos poucos o público foi preenchendo o espaço vazio, e a banda nacional Hurtmold entrou em cena. Foi praticamente como se tivessem soltado um CD de música ambiente instrumental. Não sei nem se eles conseguiriam repetir a performance ou se tudo era uma grande improvisação. As pessoas ficavam de costas para o palco, conversando. Talvez o mais importante era serem vistas lá, curtindo ou não o show. Depois de um intervalo eterno a estrela da noite, a banda The Magic Numbers, entrou no palco visivelmente emocionada com o público. A sensação era que eles não imaginavam que alguém aqui na América do Sul poderia conhecer o refrão de suas músicas. Mas conhecia, e bem. Um guitarrista incorporando Janis Joplin, figurino saído do armário da mamãe, muita barba e muito cabelo. Com um som folk-anos70-hippie-rock, os fofinhos levantaram os indies, que, apesar de automarginalizados, cantaram inteirinho um cover da Beyoncè. Hoje tem mais.