Sang tem 25 anos, é designer, fotógrafo – e fotógrafo de videogame. Ele é o brasileiro mais conhecido na prática de capturar, como se fosse uma foto real, cenas presentes em jogos de videogame
Não é apenas a evolução das lentes, flashes e câmeras que leva a fotografia a novas possibilidades. Da mesma forma que o robô Philae clica a topografia do cometa Churyumov-Gerasimenko e o telescópio Hubble nos brinda com as melhores imagens de galáxias distantes, o jovem Leonardo Sang, sentado diante de seu computador, fotografa a Lower Cathedral Ward, no game Bloodborne.
Sang tem 25 anos, é designer, fotógrafo – e fotógrafo de videogame, o mais conhecido brasileiro na prática de documentar cenas de um espaço virtual, que ainda não tem nome oficial.
Alguns in-game photographers estão interessados na beleza de uma paisagem, outros em cliques mais realistas e há quem registre batalhas, feito fotojornalistas. “Tento manter o mesmo estilo do mundo real, imagens alinhadas e um pouco geométricas”, conta Sang. A maioria dos games tem função de captura de tela, mas para quem quer se aventurar, Sang recomenda programas como o Fraps, que ele usa.
Além de cenários surpreendentes – planetas de lava com dragões voadores, impérios interestelares –, os games dão asas a perspectivas impensáveis. "É um espaço de prática livre. Existem truques como flutuar, desaparecer ou trocar as lentes instantaneamente”, explica Sang.
As produtoras estão atentas, e não é de hoje. Em 2012, a Arkane convidou o screenshooter Ducan Harris para fazer as primeiras imagens de Dishonored. Galeristas e curadores também têm demonstrado interesse. A Williams College, em Massachusetts, exibiu o projeto de screenshooting do artista Eron Rauch, A Land to Die In, em sua galeria no Second Life.
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