por Daniel Benevides

Larí: Arnaldo Baptista emociona os novaiorquinos que foram ao Cine Fest Petrobras ver Lóki

A noite de ontem no Cine Fest Petrobras foi marcada pela emoção. Nos domínios de Mr. De Niro, no Tribeca Cinemas, quem cantou mais alto foi Arnaldo Baptista. Lóki, o documentário sobre o eterno mutante dirigido por Paulo Fontenelle arrancou lágrimas do público novaiorquino, que lotava a sala. "Muitas pessoas vêm me agradecer pelo filme", conta André Saddy, o produtor.

Em outra sessão, Orquestra dos Meninos, de Paulo Thiago, também fazia música. Mas em tom politizado, de denúncia. O filme conta a história real de Mozart, jovem maestro pernambucano que conseguiu mudar a vida de meninos e meninas pobres do agreste através da música clássica, desafiando políticos locais.

Uma das meninas é interpretada por Priscila Fantin, que, juntamente com Murilo Rosa, veio ao Fest. Ela conta que viveu dois meses em Aracaju, Sergipe, onde foram feitas as filmagens, sempre convivendo com os atores mirins que fazem seus colegas de orquestra. Diz que aprendeu um pouco de fagote para compor melhor seu personagem (Rosa também tomou aulas de regëncia)."É um instrumento temperamental, quase um ser vivo. Outro dia me arranhou", diz, rindo.

"Tentei ao máximo me despir de qualquer traço de atriz global, de novela. Nossa preocupação era que eu sumisse no meio dos meninos", continua, entusiasmada após a exibição do filme. De férias da Globo, ela se prepara prum novo projeto teatral, para o qual anda praticando parcour, esgrima e flamenco. "Ädrenalina me alimenta, eu gosto do risco." Eclética, conta que passou trës meses na França aprendendo a língua de Flaubert e edição de vídeo.

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