Não temam! Cinco empresas que não foram ’destruídas’ após serem compradas pela Disney
Na última semana, a blogosfera quase veio abaixo com o anúncio da venda da Lucasfilms, empresa responsável pelo sucesso cult Star Wars, para o império construído por Walt Disney. A maior companhia de entretenimento dos EUA garantiu a compra do estúdio cinematográfico do visonário diretor George Lucas por cerca de US$ 4 bilhões, causando desespero nos fanáticos pela saga Guerra nas Estrelas, temerosos por uma banalização de sua história favorita do mundo do cinema.
As manifestações de desgosto dos fãs se multiplicaram durante o fim de semana e não diminuiram nem com o anúncio de que Lucas iria reverter seu lucro na venda da Lucasfilms para instituições de caridade que trabalham com educação. Os fãs de Luke, Leia, Han e Chewie estão em alerta, temendo uma nova série de episódios da dupla trilogia finalizada em 2005 com A Vingança dos Sith.
Apesar de todo o pânico generalizado nas fileiras de jedis honorários, não há muitos motivos para temer essa mega-fusão da indústria de Hollywood. Acostumada a fazer investimentos pesados em empresas que se destacam em seus setores, a Wall Disney Company sabe exatamente o que fazer para impulsionar uma marca que já é grande para novos mercados e patamares, o que não deverá ser diferente dessa vez.
Abaixo você vê cinco empresas que foram compradas pela Disney e que não foram destruídas pela fusão, crescendo em todos os sentidos e tornando-se as mais populares em seu determinado segmento.
1 - Rede de televisão ABC - Depois de dominar a audiência da TV aberta americana nos anos 80, a ABC passou a uma franca decadência na década seguinte. Foi assim que a Disney entrou na jogada e comprou a empresa-mãe da ABC (Capital Cities) em 1996, revertendo o quadro de fracassos seguidos da emissora. Dali pra frente, a rede voltou a ser uma das três maiores dos EUA, graças a hits como os shows Survivor, The Practice, Spin City, Eu, A Patroa e As Crianças, According to Jim e Lost.
2 - ESPN - A maior rede especializada em esportes do mundo acabou entrando no império Disney no mesmo 1996, já que a emissora a cabo fazia parte do grupo ABC (comprada por eles em 1984). Já bem estabelecida na época, a rede só cresceu desde a venda e hoje representa sozinha quase 40% de todo o valor de mercado da Disney, tudo isso graças à capacidade da ESPN de transmitir todos os grandes campeonatos esportivos do mundo simultaneamente. Foi graças à Disney que a companhia passou a investir em outros mercados, como a venda de merchandising e a ESPN Zone, seus grandes bares temáticos espalhados de costa a costa nos EUA.
3 - Pixar - Comprada pela Disney em 2006 pela bagatela de US$ 7.4 bilhões, a maior empresa de animação 3D do planeta passou a crescer em progressão geométrica desde que passou a integrar o império de Mickey Mouse. Desde então, a empresa produziu seis longas (Carros, Ratatouille, Wall-E, Up, Toy Story 3, Carros 2 e Valente), com todos chegando a pelo menos US$ 461 milhões de lucro nos cinemas. O recorde de bilheteria do estúdio também se deu depois da chegada da Pixar à Disney com Toy Story 3, batendo a marca de US$ 1 bilhão internacionalmente.
4 - The Muppet Studio - Antes de colocar as mãos na Pixar, a Disney comprou os direitos dos Muppets e de O Urso na Casa Azul, ambas criações do mestre dos fantoches, Jim Henson. E a compra foi boa para os dois lados. A Disney conseguiu bater o recorde de bilheteria para um filme de Kermit e companhia com a versão 2011 de The Muppets, enquanto a família de Henson vem liberando cada vez mais trabalhos do criador dos personagens na internet, especialmente seus trabalhos mais obscuros e antigos.
5 - Marvel Entertainment - Com US$ 4.24 bilhões, a Disney comprou em 2009 os direitos sobre a Marvel Entretainment, braço cinematográfico da gigante dos quadrinhos americanos. E como não poderia ser diferente, o investimento se pagou em apenas quatro anos. Desde a compra dos estúdios ligados à editora de HQ, os seis filmes produzidos pela Disney com esses personagens tornaram-se a franquia de maior sucesso na história do cinema, ultrapassandoo à impressionante marca de US$ 4 bilhões arrecadados com Homem de Ferro (2008), O Incrível Hulk (2008), Homem de Ferro 2 (2010), Thor (2011), Capitão América (2011) e Os Vingadores (2012).