Americano Chad Wys é o artista por trás das imagens que ilustram as colunas desta edição
O norte-americano Chad Wys é o artista por trás das imagens que ilustram as colunas desta edição. “O melhor de fazer arte é não ter limites para o seu trabalho. O pior, é mostrá-lo para o público. É como colocar seu filho em um pedestal e perguntar às pessoas se elas gostam dele ou não”
“Sou um fã da beleza estética. Sou atraído até pela beleza superficial. Brinco com isso em meu trabalho. Obras de arte têm de ser bonitas. Se forem também conceituais e profundas, melhor ainda”, acredita Chad Wys, norte-americano de Illinois, autor das imagens que ilustram as colunas desta edição sobre Anonimato. Elas pertencem a uma série intitulada “Arrangement in Skintones”, em que Chad amplia e borra retratos humanos até torná-los irreconhecíveis, arrematando-os com grafismos geométricos.
Como muitos de sua geração, o artista de 28 anos considera-se multimídia. Pode ser encontrado no computador intervindo em algum quadro renascentista, espremendo tubos de tinta para repintar algum objeto kitsch comprado por aí, fotografando alguma coisa em casa... E, quando não está fazendo arte, está escrevendo sobre ela: Chad tem mestrado em história da arte e costuma escrever críticas sobre o trabalho de outros artistas. Seus nomes preferidos, os incriticáveis, são os grandes Goya, Richard Serra e Gerhard Richter.
Ele diz que está longe de ser rico, mas que a falta de dinheiro só o incomoda quando “quer comprar algo e não pode”. Sobre o ofício que escolheu, ele postula: “A melhor coisa de fazer arte é o fato de não haver limites ou restrições em seu trabalho. É a coisa mais poderosa que se pode fazer: criar para si mesmo. A pior coisa é o medo na hora de mostrar suas coisas para os outros. É como colocar seu bebê recém-nascido em um pedestal e perguntar às pessoas se elas o aceitam ou não”.