Budapeste e Lóki, sobre Arnaldo Batista, estream no Cine Fest Petrobras em Nova York
Por cerca de duas horas, um pedaço de Nova York foi transportado para o Rio e para a capital húngara. Na primeira noite de exibição dos filmes brasileiros no Cine Fest Petrobras, Budapeste, de Walter Carvalho, foi festejado por conterrâneos e entusiastas americanos.
Carvalho, simpático e eloquente, contou, ao apresentar o filme, das dificuldades no set: "Eram faladas cinco línguas, inclusive o paraibano". E fez apenas um pedido: "Gostem do filme".
Lóki, de Paulo Fontenelle, o tocante documentário sobre Arnaldo Baptista, também lotou a sala no Tribeca Cinema (o pequeno complexo de salas de cinema de arte criado por Robert De Niro). Segundo Fontenelle, os aplausos foram "felizes, muito felizes".
Ao final das exibições as pessoas colocam seus votos numa urna redonda, em forma de carrossel. O filme mais votado será exibido no circuito comum de Manhattan.
Trio parada dura
Viviane Spinelli tem mais de um metro e oitenta, jeito de garota, entusiasmada e sorridente. Ela forma com as irmãs Adriana e Cläudia Dutra o trio de idealizadoras do Cine Fest Petrobrás Brasil.
Em Nova York o Fest está na sétima edição. Mas tudo começou com a exibição de Carlota Joaquina, de Carla Camurati, há 13 anos, na Universidade de Miami. "A gente queria mudar um pouco essa imagem que o Brasil tem no exterior, ligada só a mulher bonita e samba. Queríamos mostrar a força da nossa cultura, do nosso cinema", diz Viviane, entre séria e divertida.
Hoje o Fest está em vários países, inclusive no Brasil, na mítica Canudos. Há quatro anos em Barcelona; há dois em Vancouver, Roma, Madrid, Buenos Aires e Londres. Viviane, Adriana e Cláudia estão agora tentando levar o Fest para Moscou e Istambul.