Quer participar do novo filme do Zé do Caixão, Encarnação do Demônio? Descubra o que fazer
O figurante é o papagaio-de-pirata máximo das artes. Sua profissão, ingrata, consiste em cansar a beleza exercendo uma paciência bíblica durante dias inteiros. Em troca, o sujeito mordisca um cachê mixo e exibe seu talento mudo à Enéias, na duração de tempo de um suspiro.
O melhor é que tudo isso acontece lá atrás da tela, num mundo meio desfocado, mendigando por um enquadramento caridoso. Portanto, não seria caso de a gente recomendar você a se enfiar nessa vida trolha.
Há, porém, uma afiada e pontuda exceção: José Mojica Marins! Ele deixou a unha crescer de novo, ressuscitou a persona Zé do Caixão e pretende encerrar este ano sua “trilogia da encarnação”, que conta até hoje com À Meia-Noite Levarei sua Alma (1964) e Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967).
Para o longa Encarnação do Demônio, o diretor comunica à praça que precisa de papagaios e figurantes. Oferece em troca quinze minutos de anonimato.
Quer participar da fita?
Os testes estão abertos e, uma capetinha soprou a dica aqui na redação, tá molezinha descolar uma ponta na retomada do cinema brasileiro de terror. Interessados, enviem e-mails com uma foto para a produtora Bruna Marcatto (bruna@gullanefilmes.com.br)