Para Katiele e Norberto Fischer, a receita para findarmos com a intolerância é uma só: precisamos ouvir mais ao próximo, antes de sermos compreendidos
"Minha mãe sempre dizia: 'você tem uma boca e dois ouvidos'" - Katiele Fischer
Quem não gostaria de ser um bom negociador? Ser reconhecido como excelente em relacionamento interpessoal? E ter habilidades de articulação e convencimento?
Pois é, um paradigma comum é acreditar que, para ser tudo isso, temos que ser destaques na arte de falar e de comunicar as nossas ideias.
Mas o que lemos na literatura especializada é justamente o oposto, de Dale Carnegie até Stephen R. Covey, aprendemos que é necessário primeiro compreender para depois sermos compreendidos e devemos procurar ver tudo sob a ótica da outra pessoa.
E para isso é necessário mais ouvir do que falar.
Só que, na prática, a realidade muitas vezes chega a ser cruel, pois o que percebemos é muita “intolerância” nas relações entre as pessoas.
Essa intolerância é tão evidente que Alysson Muotri, um neurocientista brasileiro, estudou no âmbito da genética o que poderia levar algumas pessoas a serem racistas e intolerantes. O resultado foi publicado recentemente em forma de artigo e encontra-se disponível na internet.
Estudos científicos à parte, o fato é que precisamos transformar urgente essa realidade, não podemos deixar continuar crescendo esse comportamento de intolerância, como se cada pessoa fosse a dona da verdade absoluta, sendo juízes uns dos outros e tendo agressões como discurso no lugar do diálogo.
Se continuarmos nessa tendência, logo seremos inviáveis enquanto sociedade justa, digna e humana. Respeitar o próximo não significa que eu concorde com ele, mas garante uma vida mais equilibrada e de qualidade em sociedade.
É necessário que cada um de nós faça sua parte, algo bem simples, apenas buscar ser a cada dia um pouco mais tolerante com as ideias e opiniões contrarias às nossas.
Lembrando sempre: “Temos uma boca e dois ouvidos!”.
Katiele Bortoli e Norberto Fischer
Katiele foi homenageada no Trip Transformadores 2015. Assista aqui a sua história.
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