O produtor fala sobre música independente e da atual situação da indústria fonográfica
Ele é um cara de sorte, nasceu no dia da clássica virada da seleção brasileira em cima da uruguaia na Copa do Mundo do México, em 1970. Aos 5 anos começou a tocar bateria e aos 11 já fazia sua estréia no disco “Comissão de Frente”, de João Bosco. Em 1995, com o pioneirismo e a ousadia que lhe são peculiares, foi um dos primeiros produtores musicais da geração a gravar um CD, onde apresentava ao mercado novos artistas como Simoninha, Max de Castro, entre outros. Descontente com a forma de o mercado fonográfico trabalhar, decidiu seguir seus instintos e, em 1997, ao lado dos amigos de infância Cláudio e André Szajman, começou a montar sua própria gravadora, a Trama, que com poucos anos de vida já inovava a produção musical brasileira. Quando analisamos sua árvore genealógica fica mais fácil entender a facilidade com que atua nas diferentes vertentes da música e o seu pioneirismo. Filho da cantora Elis Regina e do músico e produtor Ronaldo Bôscoli, ele ainda é sobrinho-trineto de Chiquinha Gonzaga, primeira pianista de choro e primeira maestrina do Brasil. Estamos falando de João Marcelo Bôscoli, que veio hoje aos nossos estúdios para bater papo sobre música, sobre produção musical, sobre esse sua árvore genealógica que mais parece uma sequóia, e muito mais.