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por Alexandre Potascheff

Criador de engenhocas inusitadas, o artista prático Guto Lacaz é amante do que é pitoresco

Guto Lacaz é um dos mais importantes, conceituados, premiados e, principalmente, inusitados artistas brasileiros. Nascido em 1948 em São Paulo, estudou eletrônica industrial no colégio Liceu Eduardo Prado e se formou, em 1974, em arquitetura pela FAU São José dos Campos. Depois de formado, embora tenha exercido pouco a arquitetura propriamente dita, passou a trabalhar em seu próprio estúdio, o Arte Moderna, onde realizava diversos trabalhos de criação: ilustrações, logotipos, editoriais, cartazes, cenografia, entre muitos outros.

Em 1978 a “fome se juntou com a vontade de comer” e nosso convidado se deparou com a “Primeira Mostra do Objeto Inusitado”, uma espécie de concurso para eleger a peça de arte mais excêntrica. Amante das idéias pitorescas desde a época da faculdade, o concurso atiçou sua criatividade e marcou, de certa forma, o início de sua carreira como designer gráfico.

A partir dali, o exercício de criar e de “ter idéias” passou a ser não só o passatempo, mas também o trabalho dele. De lá pra cá são mais de 30 anos dedicados à arte, seja através de instalações, objetos, máquinas, performances, esculturas, vídeo-instalações e mais um monte de coisa que é até difícil de catalogar. Guto Lacaz prefere se intitular artista prático, uma espécie de biscateiro (no melhor dos sentidos) coleciona exposições e premiações pelo Brasil e pelo mundo.


FAIXA BÔNUS

Para quem gostou da entrevista com Guto Lacaz e ficou querendo curtir mais, abaixo seguem alguns momentos que, infelizmente, não couberam na versão radiofônica do programa. Nesses trechos, Lacaz fala sobre sua coleção de fósforos siameses, sobre seu amigo Rafic Farah, sobre o apelido de professor Pardal e ainda aborda uma questão séria, o papel da arte na busca de um mundo mais justo e equilibrado.


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