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DJ Zé Pedro e Julian Assange

por Luiz Filipe Tavares

Trip FM traz entrevistas com DJ número 1 do Brasil e inimigo número 1 dos EUA

O Trip FM desta semana é mais do que especial. Paulo Lima conversa com o mais requisitado "disc-jóquei" do país, o DJ Zé Pedro, e ainda divulga um trecho da entrevista com o inimigo número um dos Estados Unidos, Julian Assange, fundador da Wikileaks, organização que tem apavorado os poderosos ao publicar documentos confidenciais de governos e grandes corporações ao redor do mundo. 

Na entrevista que abre o programa, Assange comentou sua ascenção de jornalista desconhecido a ícone pop, falou sobre a prisão domiciliar a que está submetido na Inglaterra e aproveitou para cutucar as prioridades do governo do presidente americano Barack Obama. Para o homem que representa a Wikileaks, o chefe de estado americano é vítima da sua falta de contatos nas agências de espionagem e no serviço secreto dos EUA.

"O que é um governo Obama? Seria este realmente um governo do Obama? Ou será que ele apenas representa uma tendência dentro do governo? Eu diria que na verdade Obama representa muito mais uma tendência do que controla o que acontece na Casa Branca. Ele tem uma grande dificuldade porque, diferentemente de Bush pai e Bush filho, não tinha ligações anteriores com a CIA, o que torna mais difícil controlar a inteligência americana, em vez de ser controlado por ela", criticou em entrevista exclusiva à Trip.

Vale lembrar que Assange abriu as portas de sua casa para a equipe da Trip e deu uma grande entrevista que você pode ler na edição desse mês. Veja aqui o making of do encontro.

Depois é a vez do divertidíssimo DJ Zé Pedro, um dos responsáveis pela popularização dos remixes de clássicos da MPB utilizando batidas eletrônicas e acaba de inaugurar sua própria gravador, a Jóia Moderna, selo especializado em vozes femininas. Ele contou que trabalhou como caixa de banco, cursou faculdade de direito e começou a trabalhar com música em 1990, por acaso, substituindo um amigo de última hora nas pick-ups de uma casa noturna. 

"Eu sempre fui uma criança problema. Com cinco, seis anos de idade já estava na porta do cinema querendo ver O Último Tango em Paris com a minha mãe dizendo que eu não tinha idade pra isso. Ficava em casa ouvindo Maria Bethânia", diverte-se Zé Pedro na entrevista, revelando o amor que tem pelo trabalho de Bethânia e de tantas outras cantoras brasileiras. "Fora ela (Bethânia) as outras cantoras que eu gosto caem em pé de igualdade: A Elis Regina que eu adoro, Marisa Monte, as mais novas paulistas Tulipa Ruiz, Karina Buhr e até a Bárbara Eugênia, que confunde minha sexualidade de tão linda que é ", elogiou.

Na entrevista, Zé Pedro também partiu em defesa das celebridades que "atacam de DJ", posição incomum sobre o assunto, já que virou padrão DJs profissionais reclamarem quando algum famoso aponta nas pick-ups das baladas do país. Para Zé, o importante da noite é que ela seja divertida e, nas suas próprias palavras, as pessoas saem para dançar para curtir, não para aprender como discotecar.

"A música de pista, dos clubes, estava muito chata. A música eletrônica foi legal quando ela apareceu. Depois ficou uma chatice porque os DJs começaram a se sentir professores. Era um tal de dar aula na pista de dança que ninguém aguentava", detonou Zé Pedro. "Depois que as pessoas que não são DJs começaram a ser chamadas pra alegrar a pista, o negócio deu certo. Com isso, voltou a democracia musical. Então o bailinho do Rodrigo Pena e os DJs cabeça podem até ter preconceito, mas aquilo ali é o que a gente quer!"

O Trip Fm vai ao ar na grande São Paulo às sextas às 20h, com reprise às terças às 23h pela Rádio Eldorado Brasil 3000, 107,3MHz
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