Porque a gente se acha muito livre... até o momento de tirar o sutiã!
Há poucas semanas voltei da Córsega, ilha (hoje) francesa banhada pelo Mediterrâneo e vizinha da italiana Sardenha. Lá eu nadei nas praias mais lindas ever, dirigi por estradas sinuosas de mão dupla onde às vezes só passava um carro e vi montanhas coloridas e vilarejos terracota. Enfim, lindimais!
Mal cheguei e fui à uma praia no centro de Ajaccio, capital da Corse e lugar onde nasceu Napoleão. Pois bem, tava amarradona na canga quando olho pro lado e vejo uma menina fazendo topless. Logo lembrei que se tratava da minha primeira vez numa praia na Europa e que aqui tá liberado \o/
Meu ímpeto foi o de desamarrar o lacinho, bien sûr.
Mas eu NÃO consegui.
“A gente se acha super livre até estar numa praia com topless liberado e não conseguir tirar a parte de cima do biquíni”, tuitei.
Inevitavelmente fiquei (re) pensando em como as imposições culturais afetam a nossa liberdade e em cada gringa que é levada pro DP porque tirou o sutiã em Copacabana. “Mas, Ana, como é que no país do carnaval não pode fazer topless? As brasileiras parecem tão livres”, me perguntou há muitos anos Alkioni, uma amiga grega.
E dá-lhe a gente explicar que, infelizmente, não é assim.
Pra terminar e antes que você me pergunte, por supuesto que no dia seguinte eu não abri mão da minha liberdade e larguei mão do sutião ;-)