por Lia Bock

Quase gol, quase compra da casa, quase gozo, quase amor, quase tampa... tsc, tsc, não serve!

Sempre chega aquele dia em que nenhuma das tampas disponíveis no armário se encaixam no Tupperware que você tem em mãos. Muitas quase encaixam, mas quase, não serve. Quase gol, quase compra da casa, quase gozo, quase amor, quase tampa... tsc, tsc, não serve!

   Quase é tão cruel quanto a fatídica frase “precisamos conversar”. Quase é tão amargo quanto “hoje to morto e amanhã tenho que trabalhar”. Quase é o mantra dos esforçados, dos dedicados, dos supersimpáticos que, claro, quase se apaixonaram. Quase é a dor e o vazio dos que esperam ansiosos por um retorno, dos que torcem apertando os olhos e os dedos para que essa linha tênue e fundamental seja ultrapassada.
   Quase é o hino dos que queriam querer, mas, no saldo final, não querem.
   E toca explicar que era pra ser, mas não foi. Toca magoar quem torceu e esperou atento e fiel ao fim do jogo. Toca ver o replay e tentar responder pra si mesmo por que (por que, meu deus?) eu não consegui marcar esse gol. Por que (meu deus!) não pude amar essa pessoa – não consegui ter tesão por ela e, afinal, por que raios não consegui achar uma porcaria de uma tampa para um pote que, por certo nasceu, com tampa.

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