Aos 23 anos, a canadense Petra Collins circula entre campanhas de moda, grandes galerias e arte questionadora. Agora, ela se debruça sobre o choro
Lá se vão três anos que a fotógrafa Petra Collins causou o primeiro barulho na internet, quando sua conta de Instagram foi fechada por conteúdo explícito. O que saía da norma segundo a rede social saía também do biquíni: Petra não estava depilada. A jovem questionou o critério e ganhou força como nova voz em defesa da liberdade feminina.
No mesmo ano, voltou a chamar a atenção com uma linha de camisetas para a marca American Apparel unindo dois tabus, menstruação e masturbação. As peças tinham desenhos de vaginas, sangue e dedos em ação, tudo feito com cores vibrantes. Foi essa mesma estética que aparece em suas fotografias que a levou a participar da Art Basel de Miami e a unir força com Lena Dunham em campanha para a Lonely, a marca de lingerie que defende o direito de toda mulher se sentir sexy, não só as modelos.
Agora, Petra volta às galerias com a série 24 Hour Psycho. Por trás de luzes coloridas feitas com pequenas lâmpadas LED, jovens mulheres e suas lágrimas ganham dimensão em grandes retratos. É uma forma de empoderar a vulnerabilidade e de questionar a pressão para não ser emotiva. À i-D, revista com a qual colabora, Petra resumiu a ideia: “Quando estamos bravas, tristes, deprimidas ou maníacas, somos imediatamente vistas como pouco femininas, feias e fracas. Queria mostrar isso de maneira poderosa”.
Vai lá: petracollins.com
