Grande parte do aprendizado das crianças não vem da escola
Outro dia, assistindo pela internet à palestra do Hélder Araújo no TEDx Rio, descobri uns números incríveis de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, em 1998: de todo o conhecimento que uma pessoa absorve durante a vida, 75% são adquiridos de modo informal, e a maior parte do que aplicamos no dia a dia são saberes que aprendemos fora da sala de aula.
Isso me fez pensar que muitas vezes nós, mães, colocamos nossa energia no lugar errado. Quem tem crianças em idade escolar já passou por isso: tomar a decisão de qual escola matricular seu filho, como se essa escolha fosse definir o destino da criança, sua capacidade de desenvolver seus potenciais e a oportunidade de realizá-los ou não.
É claro que o ambiente escolar também é importante, e o próprio Hélder, naquela mesma palestra, lembra o fato de que a educação formal, que representa só 25% do que a gente realmente usa, tende a ser a mais valorizada na hora de se avaliar um currículo, por exemplo.
Mas, já que grande parte dos recursos culturais que nossos filhos precisarão para produzir, transformar o mundo e construir uma vida própria virá das experiências que eles têm, dá pra encanar muito menos com o para-casa que não foi feito, o projeto pedagógico que não está sendo seguido à risca, a professora que parece não ser tão interessante, o livro didático que você achou bobinho, o boletim que não veio todo azul.
Melhor do que sofrer com isso – e fazer a criança sofrer junto – é ajudar a ampliar o prazer que ela tem em outras fontes de conhecimentos: as relações com as pessoas, os livros, as brincadeiras em grupo, as viagens, a internet e as coisas maravilhosas que a gente descobre por lá. Como as palestras do TED, de onde eu tirei mais de 75% dos insights que me fizeram escrever este texto.
Vai lá: Hélder Araújo no TEDx Rio – vimeo.com/20390957
Para mais palestras TED – www.ted.com
