Porque aqui na Argentina ele pôde casar no cartório e na igreja e também poderá adotar um filho.
Antes de pedir desculpas pela ausência de dois meses, quero desejar um feliz ano todo e um lindo quase março para vocês. Sei que o tempo é a gente quem faz e blá blá blá mas dois mil e creize – também conhecido como o ano da serpente em que a gente vai mudar de pele e blá blá blá – começou a mil por hora por aqui.
Desculpas pedidas, vamos ao assunto do post, que aconteceu lááá no longínquo dia 29 de dezembro: o casamento do meu amigo gay. Já sei que ele é meu amigo e ponto e que dizer “meu amigo gay” é desnecessário e quiçá preconceituoso mas a questão é, justamente, o casamento gay na Argentina.
Aliás, o tema é mais que oportuno porque há pouco votaram o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo na França, não é mesmo? Enfim, voltando ao país pelo qual eu me apaixonei e sigo apaixonada há seis anos, por aqui as questões de sexualidade e gênero, por sorte, estão super avançadas.
A lei de gênero permite que travestis e transexuais tenham o nome que quiserem no documento. E o casamento igualitário foi aprovado junto com a lei de adoção, ou seja, casais homossexuais tem o direito de formar uma família através do matrimônio e também de adotar uma criança fazendo o mesmo processo de um casal hetero.
Ou seja que o meu amigo Pablo, lááá das Minas Gerais, casou todo pimpão com o Guillermo, um argentino LINDO e gente boníssima. E não foi só no cartório, não, tá? Eles casaram na i-g-r-e-j-a. Isso mesmo: a Igreja Luterana Dinamarquesa de Buenos Aires, que fica em San Telmo, celebra a união entre pessoas do mesmo sexo.
O casamento foi a coisa mais linda e emocionante do mundo porque o Pablo é amigo, claro, e porque simbolizava uma luta que a gente apóia. Impossível não derrubar uma lágrima quando a vózinha dele entrou na igreja com as alianças. Meu namorado, aliás, chorou litros.
Minha parte eu já contei.
Todo o resto o Pablo conta em uma entrevista super bacana para jornal da cidade dele, o “Sete Dias” de Sete Lagoas, Minas Gerais.