Um salve pra saia curta, pra virilha peluda e para as cantorias na rua
Todo meu amor às recatadas que dançam sobre a mesa do bar. Todo meu amor às belas que levam os filhos na escola de pijama e crocs. Todo meu amor às moças que toda sexta-feira escolhem um novo lar para pernoitar. Sim, porque nós estamos por aí com a saia na altura do joelho e o sutiã rendado à mostra. Estamos por aí de topless, batom ruby woo e a unha por fazer. Ficamos coradas com um elogio sincero, ficamos revoltadas quando pegam no braço e não perdemos a aventura jamais!
Um salve para a meia arrastão, para o glitter pelo corpo e para as performances no balcão. Um salve pra saia curta, pra virilha peluda e para as cantorias na rua. Um salve para o primeiro swing, para o segundo estripe e para o centésimo namorado. Não foi fácil chegar até aqui, explicar que biquininho à mostra não é safadeza, que minha dança não é um convite e que se ser lésbica não é “desperdício”. E, assim, vamos fazer um repeteco e outra vez e com mais gente e, ops: tudo de novo! Todo meu amor às mulheres rodadas, às monogâmicas seriais e às monas amadas. Minha reverência às exageradas, às moças do bar e a todas as migas estabanadas.
Garçom, desce o gim pra geral, porque hoje eu acordei rainha das recatadas.
LEIA TAMBÉM: Todos os textos de Lia Bock na Tpm