A cantora Elza Soares estrela documentário, prepara disco novo e grava músicas de Amy Winehouse
Elza Soares está só. Após terminar o namoro com um homem 45 anos mais novo, a cantora e compositora carioca se declara apaixonada por si mesma. “Tô amando muito essa mulher, a Elza. Acho que não tem mais espaço pra eu amar outra pessoa”, disse à Tpm a artista, um dos nomes mais importantes da MPB, de seu apartamento em Copacabana. E é olhando para si mesma em um espelho que ela protagoniza My name is now, Elza Soares, documentário da diretora Elizabete Martins Campos, que será exibido este mês na sétima edição do In-Edit Brasil, em São Paulo, e no Festival Latinidades, em Brasília.
A trajetória de luta da mulher negra e pobre até o estrelato está lá, assim como as dores da perda do filho que teve com o grande amor de sua vida, o craque Garrincha [1933-1983]. Ele morreu em um acidente de carro em 1986, aos 8 anos. “Pensei que nunca fosse me recuperar. Quis fazer tudo com revolta, com raiva, por ter visto meu filho de 8 anos [Garrinchinha] ser morto”, diz a cantora no longa. Mas Elza pediu à diretora que fugisse da tristeza. “Queria falar de coisas boas e não dos sofrimentos do passado. Sempre digo: 'My name is now'”, diz a intérprete de “Volta por cima” (“Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”).
Seu now está cheio de novidades: além do documentário, Elza prepara disco novo, A mulher do fim do mundo, com composições de José Miguel Wisnik, Romulo Fróes e Kiko Dinucci, e vai gravar canções de Amy Winehouse. “É pra uma campanha de conscientização sobre álcool e drogas. O pai da Amy me procurou. Tô sempre fazendo coisa nova”, diz a artista, que teima em não revelar a idade (estima-se que esteja na casa dos 78 anos) e, não por acaso, tem uma fênix tatuada na perna.
Vai lá: My name is now, Elza Soares, de Elizabete Martins Campos. De 1 a 12 de julho na 7ª edição do In-Edit Brasil (www.in-edit-brasil.com), em São Paulo. Dia 22/7 no Festival Latinidades (www.latinidades.com), em Brasília.