Nem todas conseguem. Mas nenhuma se arrepende!
Apesar da overdose de silicones e dos bojos afins, elas estão por toda parte. Insistem em exibir seus minipeitos mirando o céu sob tecidos leves. Ostentam a marquinha do biquíni em tomara-que-caias indecentes e frente-únicas escandalosas. Biquinhos, contornos, uma pinta mais saliente está tudo à mostra desafiando o pudor da sociedade. Sim, elas não usam sutiã, e daí?
Nasceram com seios diminutos e em vez de se renderem a 250 ml de prótese ou camadas do mais moderno bojo desenvolvido pela Nasa, optaram por deixar os seus peitinhos gritarem na cara dos recalcados. Pais zelosos e seres indignados no geral: Peitinho sem sutiã é vida. Peitinho sem sutiã é amor!
Nem todas (acham que) podem. Só algumas conseguem. Mas nenhuma se arrepende. Libertar os seios é um exercício de desapego. Desapego do ferro, desapego do aperto, desapego do que os outros vão pensar. E depois, diante de alguns olhares espantados, se torna um exercício de poder. Porque, sim, o biquinho choca. Duas bolas duras e de formato padrão saltando de forma desproporcional de um corpinho esmirrado é normal. Um sutiã recheado de gel que precisa ser transportado numa embalagem especial na mala de viagem é básico. E peitinho balançando é falta de vergonha na cara? Peitinho sem sutiã é leveza, liberdade, independência. Peitinho balançando é 0% silicone e 100% humanidade da veia.
Vem! Deixa o bojo em cada e saia vestida de si mesma!
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