por Luara Calvi Anic
Tpm #88

Com perucas, fantasias e imaginação, eles deixam a noite de São Paulo bem mais divertida


Marcelo, a Marcelona,  trabalhou com
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Marcelo Ferrari, ou Marcelona, nasceu numa maternidade ao lado da boate paulistana A Lôca. De peruca e salto alto, é figura presente nos clubes de São Paulo. “A hostess mais chique”, define Duda, editora convidada desta Tpm. Além de colecionar bonecas Barbie, “velhonas, modelos anos 70”, colaborou para o site Erika Palomino com uma coluna que virou blog, o Coisas de Marcelle. Ultimamente, circula por festas classudas, como a inauguração da loja de Marc Jacobs. Mas volta a A Lôca de vez em quando: “Adoro, mas não tenho mais saúde”. O clube é famoso pelas noitadas até dez da manhã...


... Sergio, que bailou na pista de...

O jornalista Sergio Amaral entrou para o site Erika Palomino por ser démodé no quesito boate. “A Erika achou engraçado eu dizer que frequentava o Massivo e a Disco Fever – na época clubes gays e fora de moda – e me contratou como estagiário”, conta. Nove anos depois, ele virou editor do site e continua indo a lugares fora de moda, como o boteco da esquina de casa. “Quando você anda muito no circuito da moda, esquece que o mundo não é cor-de-rosa e que a rua não é um perigo”, completa. Morador do centro de São Paulo, uma vez por mês toca na festa Bafo Bafon, no vizinho Clube Glória.


... Felipe, que já tocou para...

Em cima da máquina de lavar roupas, o carioca Felipe Venan­cio gostava de ouvir o “tuts tuts” do vizinho. Aos 12 anos, se animava com a batida eletrônica que soava de algum club do Méier, bair­ro tradicional do Rio. Aos 40, é um dos DJs brasileiros mais reconhecidos mundialmente – e talvez o que tenha feito mais dinheiro com a profissão. Seu público paga caro para entrar numa casa noturna. Ele já fez remix para Roberto Carlos e Cláudio Zoli e toca um som influenciado pela disco music, o house. Em São Paulo, uma vez por semana vira a noite no Club Royal e, mensalmente, na Pink Elephant.


... Edu Corelli

Edu Corelli já foi a drag Selma Self Service. Na década de 90, “numa fase que muita gente em São Paulo saía vestida de mulher”, o DJ teve bulimia para entrar no personagem. “Foi uma peruca que passou na minha vida ”, conta. Aos 40 anos, o paulistano que já traba­lhou como bilheteiro de teatro mambembe e largou o curso de psicologia por causa da noite espia a pista de dança, analítico: “A pista é um divã, faz o povo rir e chorar”. Edu não se veste mais de mulher, mas uma vez por mês encarna DJ Dragão de Comodo, ao lado de Joh­n­ny Luxo e Leiloca, na festa Luxo Pop Show, no Clube Glória.

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