por Ana Manfrinatto

Algumas vezes tentaram me levar ao Banderín e o bar estava sempre fechado, mas não agora

 

Algumas vezes tentaram me levar ao Banderín e o bar estava sempre fechado. Até que eu comecei a vê-lo aberto e virou tradição: sempre que vem algum amigo brasileiro para cá, seja diretor de cinema, dentista, bancário ou repórter de televisão, é no Banderín que eu levo.

Primeiro porque brasileiro gosta de boteco e o Banderín é dos poucos bares em Buenos Aires que tem este clima. Segundo porque os preços são acessíveis e, principalmente, porque o lugar é incrível. Foi construído em 1923 pelo pai do seu Mario (que odeia que eu o chame de “señor”), quem toca o bar até hoje.

O lugar é todo decorado com flâmulas de times de futebol (inclusive do meu Palmeiras) e, além de servir cafés, cerveja geladérrima e outros drinques, eles servem empanadas (menos às segundas-feiras), pizzas e tábuas de queijos e frios – que aqui se chama “picada”.

O Banderín leva o selo de “Cafes Notables”, uma distinção local aos estabelecimentos que fazem parte da história de Buenos Aires. E uma atração à parte é a Luna, um pastor alemão capa preta que mora nos fundos do bar e, dentre outras coisas, sobe no balcão para saludar os clientes.

Além do mais o Banderín fica no bairro de Almagro. O que faz com que eu possa voltar à pé e saltitante para casa!

 

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