A menina e a depilação
O que fazer quando sua filha fica mocinha e aparece com os primeiros pêlos embaixo do braço? As mães do Mothern
Por Juliana Sampaio
em 10 de outubro de 2007
Notei aqueles fiozinhos na axila da minha filha mais velha e achei bonitinhos esses sinais de mocinha. Um dia, ela me disse que estava com vergonha de levantar os braços na escola por causa deles. Me lembrei de quando comecei a ter pelinhos debaixo do braço. Minha mãe quis que comigo fosse diferente, que eu não precisasse ficar depilando sempre e me submeteu a sessões dolorosíssimas de eletrólise, na melhor das intenções.
O diabo da coisa era novidade na época e funcionava assim: a pessoa (torturadora?) pegava CADA FIO com uma pinça elétrica, dava um choque nele que doía no âmago de meu espírito recém-adolescente e ele saía, com raiz e tudo. Traumatizei. Quando, um pouco mais tarde, pude escolher outra maneira de tirar meus pêlos, fui para a cera quente. Foram muitos anos de sofrimento quinzenal. O tempo passou e eu descobri que toda aquela história de que “o pêlo engrossa se raspar” era balela de depiladora. E que eu sempre gastei muito tempo, dinheiro e energia com isso.
Eu podia, por exemplo, estar transando em vez de estar me depilando, tenho certeza de que isso agradaria muito mais a todos os namorados que tive do que uma virilha em forma de coração ou retângulo. Descobri que o que faz o pêlo afinar é a idade, e não as 11.769 sessões de arrancamento brutal de cabelos. Por isso, quando minha filha me disse que não queria mais aqueles cabelinhos, dei a ela uma lâmina cor-de-rosa bonitinha. Porque não, mulher não foi feita pra sofrer!
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