Por Felipe Maia
em 31 de outubro de 2013
Tradicionalmente, o fim de outubro marca a comemoração do Halloween nos países anglo-saxões. No Brasil, a data marca a divisão de boa parte da população em dois times: apoiadores e detratores da festa – alguns não querem vê-la nem pintada como Dia das Bruxas.
Para não escolher uma camisa, mas também para não ficar indiferente à polêmica, resolvemos juntar o lado bom de cada lado – ou o lado ruim, nefasto e horroroso. A solução veio com uma lista de filmes de terror feitos no país.
A seleção vai de clássicos a novidades e tem até espaço para curta-metragem. A única obrigação é botar medo ou causar repulsa sem deixar de usar os temperos da terra. (Atenção: a maioria dos filmes é recomendada a maiores de 18 anos)
Trilogia de Zé do Caixão
José Mojica Marins está no rol de cineastas cujas criaturas superam criadores. Sob sua direção e atuação o coveiro sádico Zé do Caixão é, até hoje, sinônimo de terror no Brasil. Sua estreia nas telas foi em 1963 com o título À meia-noite levarei sua alma, seguido por Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver de 1966. A busca do personagem pela mulher perfeita só seria finda em 2008 no filme Encarnação do Demônio.
Trilogia Fábulas Negras
Filmado pela produtora de mesmo nome, os filmes Mangue Negro, A Noite dos Chupacabras e Mar Negro são escritos e dirigos por Rodrigo Aragão. Especialista em efeitos especiais, o jovem não economizou em sangue jorrando, carne em decomposição e golpes mortais nos filmes que juntam o fino do gore e slasher a lendas e cenários brasileiros.
Porto dos Mortos
Policial persegue assassino paranormal em série em um mundo pós-apocalíptico sem humanos e povoado por zumbis. A sinopse pode soar nonsense, mas, mesmo com um orçamento baixo, o roteiro rendeu uma boa história dirigada por Davi de Oliveira Pinheiro – a ponto de render alguns prêmios ao filme.
Desaparecidos
Também recente, a película de David Schurmann lançada em 2011 aposta no clichê grupo de jovens e câmera subjetiva, elemento que fez sucesso em filme como A Bruxa de Blair e REC. No caso, o bosque americano e o prédio claustrofóbico dão lugar a resquícios de uma Mata Atlântica assustadora.
Amor Só de Mãe
O diretor Dennison Ramalho pediu ajuda a um pai de santo para escrever o roteiro desse que é um dos curtas mais caros realizados no Brasil – orçado em R$ 60 mil. Se a ideia dele era dar maior verossimilhança à história, ele foi bem sucedido. O filme equilibra sincretismo religioso, assassinatos brutais e uma tensão crescente em uma história que tem cara de lenda brasileira.
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