Falta de organização e mudanças de regras abalam a credibilidade do World Cup Skateboarding
Por Carlos Sarli Ilustração Cirilo Dias
Um circuito “Mundial” no qual os três primeiros colocados são de um mesmo país levanta suspeita. É o caso do WCS, World Cup Skateboarding, organizado por uma entidade particular americana, que já foi muito prestigiado.
Entre o fim dos anos 90 e início desta década, o WCS chegou a ter 15 etapas pelo mundo, razoável projeção na mídia e seu ranking valia um precioso ingresso para o recém-criado XGames. O skate vertical andava em baixa e o circuito foi importante para voltar a impulsioná-lo.
Aproveitando o bom momento, grandes marcas como LG e Mountain Dew investiram em circuitos nos EUA com boa premiação. Os XGames se consolidavam e rivalizavam com o Gravity Games, ambos com ampla cobertura da TV. Tudo conspirava contra o então relevante WCS. De certa forma, até seu próprio organizador, Don Bostick, que ajudou a criar essas outras provas. Ciente da queda de prestígio, Bostick reviu o modelo e no início do ano passado anunciou o “Grand Slam Pro Skateboarding”, com quatro provas (Brasil, Holanda, Rep. Tcheca e EUA), que definiria o campeão mundial do WCS categoria vertical.
A prova holandesa foi cancelada, e quando a Maloof Money Cup foi encerrada em julho nos EUA era esperado o anúncio do campeão de 2008, que não veio. Ele só foi conhecido em dezembro, junto com alterações do que estava proposto.
A prova de Praga, embora realizada, não contou pontos, em seu lugar e no da prova cancelada entraram os XGames de Los Angeles e os XBrazil. Quando o ranking da temporada foi anunciado, até o campeão, o brasileiro Bob Burnquist, se surpreendeu. Mais ainda o segundo colocado, Sandro “Mineiro” Dias, pentacampeão mundial e que tem focado o trabalho no circuito. “Fui a Praga com o objetivo dos pontos, mesmo ganhando o prêmio mal paga as despesas”, disse decepcionado, e concluiu: “Conquistei e não levei”. Não vai ser assim que o WCS voltará a ser relevante.
Em tempo, o terceiro foi Lincoln Ueda, e o quarto o americano Pierre Luc Gagnon, que somou apenas dois dos quatro resultados, as vitórias nos XGames e na Maloof Cup.
MUNDIAL DE SNOWBOARD
Começou ontem na Coreia etapa que vale pontos para a Olimpíada de Vancouver 2010. Isabel Clark, boardercross, Felipe Motta, halfpipe, e Gustavo Bauer, slopestyle, representam o Brasil.
EDDIE AIKAU
Apesar de as ondas chegarem a 20 pés ontem em Waimea, Havaí, o mais tradicional campeonato de ondas grandes segue em período de espera.
SANTOS SURF FESTIVAL
A quinta edição começa dia 20 no Quebra-Mar, com mostra de arte, fotos, filmes e competições, como a abertura do Brasileiro de Longboard.
Um circuito “Mundial” no qual os três primeiros colocados são de um mesmo país levanta suspeita. É o caso do WCS, World Cup Skateboarding, organizado por uma entidade particular americana, que já foi muito prestigiado.
Entre o fim dos anos 90 e início desta década, o WCS chegou a ter 15 etapas pelo mundo, razoável projeção na mídia e seu ranking valia um precioso ingresso para o recém-criado XGames. O skate vertical andava em baixa e o circuito foi importante para voltar a impulsioná-lo.
Aproveitando o bom momento, grandes marcas como LG e Mountain Dew investiram em circuitos nos EUA com boa premiação. Os XGames se consolidavam e rivalizavam com o Gravity Games, ambos com ampla cobertura da TV. Tudo conspirava contra o então relevante WCS. De certa forma, até seu próprio organizador, Don Bostick, que ajudou a criar essas outras provas. Ciente da queda de prestígio, Bostick reviu o modelo e no início do ano passado anunciou o “Grand Slam Pro Skateboarding”, com quatro provas (Brasil, Holanda, Rep. Tcheca e EUA), que definiria o campeão mundial do WCS categoria vertical.
A prova holandesa foi cancelada, e quando a Maloof Money Cup foi encerrada em julho nos EUA era esperado o anúncio do campeão de 2008, que não veio. Ele só foi conhecido em dezembro, junto com alterações do que estava proposto.
A prova de Praga, embora realizada, não contou pontos, em seu lugar e no da prova cancelada entraram os XGames de Los Angeles e os XBrazil. Quando o ranking da temporada foi anunciado, até o campeão, o brasileiro Bob Burnquist, se surpreendeu. Mais ainda o segundo colocado, Sandro “Mineiro” Dias, pentacampeão mundial e que tem focado o trabalho no circuito. “Fui a Praga com o objetivo dos pontos, mesmo ganhando o prêmio mal paga as despesas”, disse decepcionado, e concluiu: “Conquistei e não levei”. Não vai ser assim que o WCS voltará a ser relevante.
Em tempo, o terceiro foi Lincoln Ueda, e o quarto o americano Pierre Luc Gagnon, que somou apenas dois dos quatro resultados, as vitórias nos XGames e na Maloof Cup.
MUNDIAL DE SNOWBOARD
Começou ontem na Coreia etapa que vale pontos para a Olimpíada de Vancouver 2010. Isabel Clark, boardercross, Felipe Motta, halfpipe, e Gustavo Bauer, slopestyle, representam o Brasil.
EDDIE AIKAU
Apesar de as ondas chegarem a 20 pés ontem em Waimea, Havaí, o mais tradicional campeonato de ondas grandes segue em período de espera.
SANTOS SURF FESTIVAL
A quinta edição começa dia 20 no Quebra-Mar, com mostra de arte, fotos, filmes e competições, como a abertura do Brasileiro de Longboard.