por Cirilo Dias

Marcos Magalhães, diretor do Anima Mundi, comenta a mostra de curtas de Norman McLaren

Nos dias 4 e 5 de junho, o Museu da Imagem e do Som (MIS) promove mais uma programação do projeto Efeito Cinema. Com curadoria dos artistas e pesquisadores Kátia Maciel e André Parente, a série é composta por workshops, palestras e mostras audiovisuais. Para esta edição foram selecionados 12 curtas-metragens de Norman McLaren, cineasta escocês radicado no Canadá, e um dos mais importantes autores e pesquisadores da linguagem audiovisual do século XX.

Entre os curtas, a obra-prima Begone Dull Care (1949), feito por McLaren e Evelyn Lambart para ilustrar uma apresentação do jazzista Oscar Peterson.



Após a exibição dos curtas, o diretor do Festival Anima Mundi, Marcos Magalhães, ministra uma palestra sobre os filmes de McLaren e promove um workshop sobre animação. Prestes a embarcar para São Paulo, Magalhães trocou algumas palavrar por telefone com a Trip.

Entre tantos nomes importantes no universo da animação, por que o Norman McLaren?
Porque ele é o mais importante de todos. Ele era uma espécie de laboratório de animação, pesquisava técnicas e linguagens em um lugar muito especial, que é o Canadá. Foi o que deu molde para que ali virasse um grande centro de pesquisa de linguagem de animação, e estamos em um momento onde começa a se firmar uma indústria de animação com séries, longas.

Das produções brasileiras, você poderia indicar alguns nomes promissores?

Promissor tem muito, é só ver a programação do Anima Mundi. Todo anos estamos com filmes novos, curtas que despontam na mostra competitiva, séries de TV que começaram a ser produzidas. Todo o talento dessas pessoas fazendo filmes gera curiosidade e atrai mais pessoas.

Existe alguma relação entre tempos de crise e aumento da produção de animações?

É uma afirmação maldosa e sem fundamento. Nem sempre uma animação tem um custo pequeno, tem algumas animações que utilizam os efeitos mais caros do cinema, mas também existem animações mais baratas, com técnicas simples e criativas como as do McLaren. Escocês né? Tem fama de pão-duro, o Tio Patinhas era escocês [risos].

E o que as pessoas podem esperar deste workshop no MIS?
Mais experimentação, umas brincadeiras como a que o McLaren fazia. Vamos ter algumas cenas de animação e dependendo do ânimo e disposição do pessoal, pode ser que saia alguma coisa completa. Dois dias é um tempo curtíssimo para se fazer um curta.

Alguma novidade para a edição 2009 do Anima Mundi?
Temos uma seleção excelente de filmes. O nível dos trabalhos inscritos têm bastante qualidade. Mas a novidade mesmo deste ano é a grande presença de longas, de várias nacionalidades. Tem longa para adulto, criança, de terro, comédia, crítica social...


Serviço:
Projeto Efeito Cinema

Workshop de animação
Dia 4 de junho, das 9h às 13h e das 14h às 17h
Dia 5 de junho, das 9h às 13h e das 14h às 18h
Local: Auditório LABMIS
Vagas:15 – é necessário inscrição prévia pelo site www.mis-sp.org.br
Duração: 20h
Classificação indicativa: livre

Mostra de filmes: Norman McLaren
Dia 4 de junho, às 17h
Local: Auditório MIS – 177 lugares
Entrada franca
Duração: 2h
Classificação indicativa: livre
 

Palestra sobre Norman McLaren
Dia 4 de junho, às 19h
Local: Auditório MIS – 177 lugares
Entrada franca
Duração: 2h
Classificação indicativa: livre


Endereço: Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo
Tel.: 11- 2117-4777
www.mis-sp.org.br

 

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