Há dois anos, a Audi, reforçando o seu compromisso com a mobilidade individual sustentável, criou o prêmio Audi Urban Future Award. É um projeto através do qual a AUDI AG, em cooperação com os mais renomados escritórios internacionais de arquitetura – CRIT (Mumbai), Howeler Yoon Architecture (Boston/Washington), Junya Ishigami + Associates (Tóquio), NODE Arquitetura e Urbanismo (Pearl River Delta) e Superpool (Istambul) –, busca soluções para a mobilidade do futuro nas grandes metrópoles mundiais.
Em inúmeras partes do mundo, a população está aumentando rapidamente. As cidades têm crescido verticalmente, há menos espaço para os moradores e, em vários lugares, a infraestrutura de transportes não consegue acompanhar esse ritmo contínuo de crescimento. Os desafios variam de uma cidade para outra, já que cada metrópole tem a sua própria história e espaços urbanos um tanto diferentes – geográfica e culturamente. Em Tóquio, por exemplo, não há nomes de ruas e as casas são numeradas de acordo com o ano de construção. Nas ruas de Mumbai, carros de alta tecnologia são conduzidos ao lado de carroças motorizadas. Istambul, devido a sua localização topográfica sobre o estreito de Bósforo, dificulta a expansão do sistema metroviário. Mas elas também têm algo em comum: todas apresentam uma mudança de paradigma na mobilidade, já iniciada em algumas regiões e cada vez mais presente na consciência pública.
Na edição de 2012, como não poderia deixar de ser, a cidade de São Paulo está inclusa no projeto. Por isso, o escritório de arquitetura Urban Think Thank, que participou do debate de lançamento do prêmio junto aos outros escritórios internacionais em maio, na Alemanha, está trabalhando em busca de soluções inovadoras para os problemas de trânsito da capital paulista, uma vez que sua metrópole industrial abrange quase um décimo da população do Brasil. São Paulo e Rio de Janeiro se fundirão em algum momento no futuro – um fenômeno que representa desafios completamente novos para os projetos de infraestrutura. Sistemas de transporte não são planejáveis, e a cidade, de maneira informal, está crescendo descontroladamente. O que podemos aprender com isso?
Para os arquitetos da Urban Think Tank, ganhadores do Holcim Award Silver 2012, tudo na metrópole brasileira gira em torno do movimento, mesmo que a cidade esteja associada à imagem de quilômetros de congestionamento; e o movimento é uma forma de vida improvisada e espontânea. Durante o debate, eles apresentaram ideias iniciais de como um modelo de sistema de mobilidade flexível e versátil poderia funcionar na capital paulista. "O exemplo de São Paulo nos ensina sobre o desenvolvimento urbano não planejado, que geralmente surge do caos, mas pode produzir soluções surpreendentemente inteligentes", comenta o vice-presidente de marketing e vendas da Audi, Peter Schwarzenbauer.
Nos dias 7 e 8 de agosto, a AUDI AG ainda trará a São Paulo um respeitado professor alemão, Michael Schreckenberg, pioneiro da física do transporte e do tráfego, que analisará in loco as condições de trânsito da cidade e comparará ainda seus estudos feitos na Alemanha com as informações obtidas aqui.
O foco do Audi Urban Future Award é a troca construtiva – a Audi quer aprender com as grandes metrópoles do mundo. Todas as abordagens servirão como fontes de informação e inspiração, a fim de promover uma reflexão sobre os conceitos de mobilidade e desenvolver projetos ainda mais inovadores.