por Ambev

Um gole aqui, um gole lá

apresentado por Ambev

Cada garrafa de água mineral AMA vendida é convertida em recursos para projetos de acesso à água potável no semiárido nordestino

O olhar se perde no campo dourado. Poucas cabeças de gado pastam em uma vasta área salpicada por árvores esparsas e morros baixos. O vento não dá o ar da graça, as nuvens parecem pregadas na cortiça de um céu azul de brilho forte. O sol abraça com vigor o corpo todo, a sensação é de estar dentro de um forno, a garganta seca – sede toda hora. Se a água é essencial na vida de qualquer um, no semiárido do Nordeste brasileiro tal necessidade fica ainda mais latente: conseguir água vira a prioridade número 1 do agricultor dos confins do Brasil. É questão de sobrevivência.

Por isso dar um gole na água AMA, da Ambev, tem um sabor especial – não é só a sua sede que você está matando. Lançada em março de 2017, a marca encaminha 100% da venda para 28 projetos comprometidos a levar água a comunidades que sofrem com a seca e, assim, beneficiar mais de 26 mil pessoas até o fim do ano. Além de perfurar poços a 100 metros de profundidade, o projeto se responsabilizou pela instalação de 30 placas solares: a energia produzida reduz os gastos com a captação e a distribuição da água. Parte dos recursos arrecadados é repassada para o SISAR (Sistema Integrado de Saneamento Rural), que administra os sistemas de águas rurais no Ceará com especialistas em recursos hídricos e assistentes sociais.

Conheça histórias de vida tocadas pelo projeto em Quincuncá, comunidade de 400 famílias no município de Farias Brito, a 57 quilômetros de Juazeiro do Norte, no sul do Ceará.

Varal cheio

Antes mesmo de chegar à casa dos agricultores Francisco Alves Rodrigues,  25 anos, e Jéssica Ferreira de Oliveira, 22, dá para notar como a água fornecida pelo poço do projeto AMA alterou a rotina da família de três filhos: Joilson, 7 anos, Jadenilson, 3, e Janaílson,  11 meses: roupas molhadas após lavagem se estendem por 150 metros de arame farpado da cerca do terreno vizinho. Eles estão nessa casa há dois meses: moravam mais longe, onde a escassez de água era ainda maior. "Se bebesse, não tomava banho; se tomasse banho, não lavava roupa. Banho era de pincel e pano molhado. Agora, a coisa mudou. Fazia tempo que não lavava tanta roupa", celebra Jéssica, que sobrevive com o trabalho de Francisco em um terreno arrendado e com o Bolsa Família de R$ 400.

Mais saúde e autoestima

"A saúde das crianças está melhorando desde o ano passado [quando o poço construído com os recursos de AMA ficou pronto: vazão de 3 mil litros/hora, cavado em Ribeirinha, a 8 km de Quincuncá]", garante Maria Aparecida de Sousa Alves, 43 anos, professora há 25 de uma escola municipal. Ela é casada com o agricultor Francisco Onório Alves, 40, que também faz bicos de pedreiro. "Nossa realidade sempre foi sofrer com a falta de água – finalmente estamos saindo do sufoco", continua Maria. Ela tem dois filhos: Thiago Emanuel,  7 anos, e Ana Caroliny, 13. "Tenho muito cabelo, nunca conseguia lavar direito – agora, poderia fazer isso até todo dia, mas não faço, pois sei da importância de economizar. Sem água, a autoestima ficava muito baixa", diz Caroliny.

A água vem chegando

"Dá uma alegria muito grande saber que agora a água vai chegar", confessa o comerciante José Pereira da Silva Filho, 41 anos, dono da vendinha Leuro (apelido de José). "E ficava muito pesado ter que pagar R$ 30 reais por mil litros, que só dava pra o básico e lavar pouca roupa", completa a Cícera Moura Oliveira, 38 anos, mulher de Leuro, com quem teve a filha Stefani, 17 anos. A estudante reclama dos tempos em que não dava nem para se banhar: "Já imaginou ficar sem banho num calor deste?". Mãe e filha ficaram um pouco tímidas de aparecer na foto produzida na vendinha. "Não tirei foto nem quando casei", justifica Cícera.

Cadê o meu São José?

"Às vezes, quando a seca aperta, o pessoal rouba imagem de São José da casa de alguém para pedir pela chuva. Se chove, o cabra devolve o santo roubado para o dono, e sempre acontece uma festa. Mas agora com essa água encanada chegando em casa melhorou muito a vida de todos aqui. Água e saúde são as duas coisas mais importantes que existem. Tem menos São José sumindo das paredes", conta o agricultor Francisco Alves de Souza, 58 anos, o Francimar, pai de três filhos com Francisca Honório de Souza, 57 anos, a Tercinha. "Sou analfabeto porque meus pais só queriam me ver na enxada. Com os meus filhos, foi diferente: Ana Claudia se formou em geografia; Antonio Claudimar, em pedagogia; e o Vilmar, que sempre gostou de construir casa, virou pedreiro", completa o devoto de Padre Cícero, que tem uma estátua de 25 metros em Juazeiro do Norte.

Água na torneira, e na barragem

"É engraçado que um tempo depois que a gente começou a receber essa água [do projeto AMA] a barragem [Enóquio Rodrigues] encheu de novo. Coincidência boa. Essa barragem passou quatro anos sequinha. Em março, abril desse ano, encheu de novo. Gosto de pescar de manhã, com tarrafa", conta José Pereira da Silva,  73 anos. "Sou agricultor, planto milho, feijão, fava. Agora [início de novembro] estamos na época de destoque, quando tiramos os tocos antigos para começar a plantar em janeiro", ensina o pai de oito filhos. "Netos eu já perdi a conta de quantos tenho. São mais de 20, certeza. Eu tenho mais netos do que outro rapaz aqui perto, que tem 100 anos. Ter a certeza de que vamos receber água sempre dá mais tranquilidade para cuidar da criançada. Brinca o dia inteiro e depois vai para o banho!"

Vida boa para as crianças

Como já era costume fazer, Antônio Gomes Maciel, 30 anos, levantou um saco de milho de 60 quilos para colocar no trator – mas dessa vez ouviu um estalo seco nas costas. "Hérnia de disco, me aposentei. Hoje não consigo levantar nem 10 quilos. Tomo remédio para não sentir muita dor. A gente morava mais no mato, lugar menos movimentado que aqui, em Quincuncá", compara Antônio na porta de casa, em frente a uma pequena praça, com quatro árvores e canto de pássaros, mais nada. "Cabra está acostumado no sítio, a viver com galinha, um monte de bicho, acaba estranhando um lugar desse aqui. Por outro lado, a gente teve acesso à agua, e isso melhorou para as crianças", diz a respeito de Antonio Miqueias, 5 anos, Antonio Messias, 7, Antonio Mikael, 9, e Maria Micheli, 11. "Se eu ficar chorando por causa da dor, vou deprimir. Prefiro achar graça das coisas e ficar perto dos meus filhos."

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