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por Alexandre Potascheff

A revelação do cinema nacional conta como começou sua carreira em Salvador

Ele encarnou seu primeiro personagem no teatro aos nove anos de idade. Aos 10, participou de um programa de entrevistas na televisão, em Salvador, sua cidade natal, onde as crianças eram os apresentadores. Dos 14 aos 17 percorreu a Bahia junto à um grupo de teatro que se apresentava em escolas. Aos 18 se mudou para o Rio de Janeiro e ingressou na Casa das Artes de Laranjeiras. Durante sua passagem pelo Rio, também trabalhou com Luiz Carlos Vasconcellos em um projeto de palhaços, que rodava pelas ruas, escolas e hospitais cariocas. Terminado os estudos nas Laranjeiras, voltou para a Bahia onde deu aulas de palhaço para meninos de rua, atividade que conciliava com o trabalho no circo Picolino. Depois de um período na Paraíba, emplacou o projeto que iria dar um novo rumo à sua carreira. Ele escreveu e encenou a peça Bispo, monólogo que conta a história de Arthur Bispo do Rosário, artista esquizofrênico que viveu 50 anos internado em um hospício. Sua atuação lhe rendeu um teste para interpretar o personagem Ranulpho, no filme Cinema, Aspirina e Urubus. Não só ele conseguiu o trabalho como recebeu prêmios de melhor ator no Festival do Rio e na Mostra de Cinema de São Paulo pela sua atuação. Participou de outras produções importantes como Cidade Baixa, O Céu de Suely, Mutum e Estômago, filme que lhe consagraria como um dos mais importantes atores brasileiros da atualidade. Estamos falando de João Miguel que, embora tenha um trabalho ainda discreto na televisão, com participações em quadros e programas da Rede Globo, está roubando a cena no cinema nacional.

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