Diretor de ”A Metade de Nós” transportou para a ficção a experiência real de luto vivida por ele e sua família após a morte de sua irmã
No filme “A Metade de Nós”, Flavio Botelho transportou para a ficção a experiência real de luto vivida por ele e sua família após a morte de sua irmã, em 2007, aos 36 anos. Dirigido por ele, o longa conta a história de Francisca e Carlos, que perdem o único filho por suicídio. Enquanto a mãe, assombrada pela culpa, se dedica a desvendar os porquês, o pai se aliena na vida do filho morto e se muda para sua casa.
Transportar para o cinema uma experiência pessoal tão dolorosa foi uma jornada difícil, mas necessária. Ao abordar o suicídio de forma sensível e delicada, Flávio encara a importância de falar abertamente sobre o luto, ainda tão cercado de tabus. Para ele, foi também uma forma de cura e reconexão com a memória da irmã. “Eu consegui, eu acho, ficar perto da minha irmã, saber e entender mais esse processo dela, mergulhar na nossa história. Ela era companheirona, super amorosa, carinhosa. Então quando eu falo dela, sinto que ela está perto”, contou em entrevista ao Trip FM.
No programa desta semana, o cineasta compartilhou com Paulo Lima os bastidores e os sentimentos que guiaram a criação de seu novo filme. O episódio, disponível no play aqui em cima e no Spotify, é um convite à reflexão sobre como honrar a memória daqueles que se foram e transformar a dor em aprendizado e acolhimento.
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