Falar sobre toy art virou a mesma coisa que conversar sobre Orkut três anos atrás
Sim, adoramos brinquedos. Sim, toy art é legal. Mas não agüentamos mais falar sobre isso! Se você mora em algum lugar bacana, onde as pessoas não falam excessivamente sobre esse assunto, a gente explica:
Toy art é a nova mania entre os adultos endinheirados e descolados de todo o mundo. Trata-se de brinquedos incríveis que são colecionados com afinco por pessoas de mais de 30 anos. E, até aí, normal.
O problema é que o assunto foi parar em todas as revistas (inclusive na Tpm) e nos cadernos de comportamento dos jornais, onde os adultos que gostam de brinquedos viraram “a tendência do momento!”. Repetimos que não temos nada contra as pessoas que são assim (inclusive porque nos incluímos na categoria). A questão é que falar sobre toy art virou a mesma coisa que conversar sobre Orkut três anos atrás.
Sim, teve uma época em que passávamos o dia inteiro no Orkut (o que inclusive atrapalhava nosso trabalho), chegávamos a uma festa e todas as rodinhas falavam sobre... Orkut! Agora, a situação está quase chegando nesse extremo. Abrimos uma revista, lemos uma matéria sobre toy art, ligamos para um amigo porque estamos com um problema e ele nos conta que acaba de receber em casa o novo boneco de toy art que comprou para a sua coleção. Em uma busca no Google, achamos 77 mil páginas que falam sobre os brinquedos artísticos! Socorro!
E falamos da gente também. Já passamos, inclusive, um bom tempo de nossas reuniões de pauta discutindo se toy art era arte ou não. Agora, cansamos. E não vamos entrevistar nesta edição nenhum brinquedinho japonês (apesar de comprarmos um monte deles) nem um adulto tipo a gente, que adora um boneco em forma de tofu (sim, uma de nós tem um desses, mas não dará uma entrevista contando como ele é).