por Redação
Tpm #67

Falar sobre toy art virou a mesma coisa que conversar sobre Orkut três anos atrás

Sim, adoramos brinquedos. Sim, toy art é legal. Mas não agüentamos mais falar so­bre isso! Se você mora em algum lugar ba­cana, onde as pessoas não falam excessi­vamente sobre esse assunto, a gen­te explica:

Toy art é a nova mania entre os adultos endinheirados e descolados de todo o mundo. Trata-se de brinquedos incríveis que são colecionados com afinco por pessoas de mais de 30 anos. E, até aí, normal.

O problema é que o assunto foi parar em todas as revistas (inclusive na Tpm) e nos cadernos de comportamento dos jornais, onde os adultos que gostam de brinquedos viraram “a tendência do momento!”. Repetimos que não temos nada contra as pessoas que são assim (inclusive por­que nos incluímos na categoria). A ques­tão é que falar sobre toy art virou a mesma coisa que conversar sobre Orkut  três anos atrás.

Sim, teve uma época em que passávamos o dia inteiro no Orkut (o que inclusive atrapalhava nosso trabalho), chegávamos a uma festa e todas as rodinhas falavam so­bre... Orkut! Agora, a situação está quase chegando nesse extremo. Abrimos uma re­­vista, lemos uma matéria sobre toy art, li­gamos para um amigo porque estamos com um problema e ele nos conta que acaba de receber em casa o novo boneco de toy art que comprou para a sua co­le­ção. Em uma busca no Google, achamos 77 mil páginas que falam sobre os brin­que­dos artísticos! Socorro!

E falamos da gente também. Já passa­mos, inclusive, um bom tempo de nossas reu­niões de pauta discutindo se toy art era arte ou não. Agora, cansamos. E não va­mos entrevistar nesta edição nenhum brin­quedinho japonês (apesar de com­prar­mos um monte deles) nem um adulto ti­po a gente, que adora um boneco em for­ma de tofu (sim, uma de nós tem um desses, mas não dará uma entrevista contando como ele é).

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