Nem só de Lady Gaga se faz o mundo das cantoras excêntricas. Conheça, ou relembre, artistas que marcaram a história da música pop não só pelo seu talento, mas também pela sua esquisitice.
Björk - Esquisitinha de plantão mais querida do público brasileiro, é fã confessa de nossa música e já se apresentou duas vezes por aqui. Avessa à imprensa, em 1996 sentou a mão em um repórter que ousou se aproximar de seu filho Sindri. Justifica sua esquisitice botando a "culpa" em seu sangue islandês. "Somos um povo esquisito. Ao mesmo tempo em que temos computadores, nos recusamos a tirar uma pedra da estrada para não machucar os gnomos que moram debaixo dela", disse certa vez. Fofa! / Créditos: Reprodução
Diamanda Galás - Uma das artistas mais intensas e polêmicas dos EUA, já foi tachada de Noiva de Satã, Diva da Doença e Rosa Negra da Vanguarda. Ativista ferrenha dos direitos civis dos gays e de prevenção contra o vírus HIV, foi presa em NY em 89 durante uma manifestação por distúrbio da ordem pública. Em 90, o governo italiano a denunciou por blasfêmia contra a Igreja Católica. "Satã mora mesmo nos EUA, agora mais do que nunca", respondeu na época / Créditos: Reprodução
Karin Dreijer - É vocalista de um dos grupos suecos mais interessantes dos anos 2000, a dupla de música eletrônica The Knife, formada com seu irmão Olof Dreijer. Utiliza o pseudônimo Fever Ray em sua carreira solo. Sempre com maquiagens e máscaras tenebrosas, ao receber um prêmio em uma rádio pública sueca pelo seu disco solo foi vestida de alienígena e resmungou sons incompreensíveis para os seres humanos. Veja aqui: http://bit.ly/aAOCd8 / Créditos: Divulgação
Kate Bush - Primeira cantora inglesa a alcançar o 1º lugar das paradas de sucesso no Reino Unido com uma canção própria, "Wuthering Heights", fez muito sucesso no final dos anos 70 e meados de 80 com sua voz estridente e performances teatrais. Ao sair de cena sem maiores explicações, foi vista como uma reclusa excêntrica, mas estava apenas querendo dar uma infância normal para o seu filho Albert. É grande a sua influência no trabalho de cantoras como Florence and The Machine e Marina and The Diamonds / Créditos: Reprodução
Laurie Anderson - Artista norte-americana de música experimental, suas performances multimídia explorando a tecnologia e as relações humanas marcaram sua carreira. Com uma obra não tão fácil de ser compreendida, é considerada muitos uma cantora "cabeça". É esposa do genial Lou Reed / Créditos: Reprodução
Maria Alcina - Andrógina, exagerada nos gestos e figurinos e com a voz muito grave, incomodou a família brasileira e o governo militar com o seu deboche. Encarou em 1972 um Ginásio do Maracanãzinho lotado defendendo em um festival a música "Fio Maravilha", de Jorge Ben, e levou a multidão ao delírio. Depois de um sumiço, reapareceu nos anos 80 cantando músicas de duplo sentido como "Calor na Bacurinha", e foi resgatada pelo grupo experimental Bojo no início dos anos 2000 / Créditos: Reprodução
Meredith Monk - Compositora, coreógrafa e cantora, esta novaiorquina elaborou uma técnica vocal inédita usando elementos guturais, sons da língua e uma espécie de "assopro afinado". É uma das maiores influências da islandesa Björk / Créditos: Reprodução
Sinead O" Connor - Com voz doce e aparência rebelde, era outra que adorava arranjar uma briga com o Vaticano. Ficou famosa sua apresentação na TV na qual rasgou a foto do Papa João Paulo II e foi excomungada por tentar ser líder de uma seita. Ironicamente, depois de alguns anos de silêncio, se converteu a Igreja Tridente Latino, da Irlanda, e passou a dedicar grande parte de sua vida à religião / Créditos: Reprodução
Yma Sumac - Com uma voz muito versátil, que a possibilitava cantar árias de soprano tão bem quanto árias de mezzo, a cantora lírica peruana era reconhecida internacionalmente. Seu cabelo negro e roupas extravagantes fizeram dela uma figura popular nos Estados Unidos nos anos 80 e foi a única peruana a ter seu nome gravado na Calçada da Fama, em Hollywood. Tinha muito orgulho de suas raízes andinas e se dizia descendente do imperador inca Atahualpa / Créditos: Reprodução
Yoko Ono - Viveu com John Lennon uma das mais conhecidas e fantásticas histórias de amor do século 20. Odiada por muitos, é o "beatle" favorito de tantos outros apaixonados por suas esquisitices musicais e artísticas. Foi influência para o new wave e para o experimentalismo com os seus discos solo e virou diva da música eletrônica após ter suas canções antigas remixadas por DJs / Créditos: Reprodução
Grace Jones - Começou como modelo nos anos 70 e com o seu porte de diva, logo chamou a atenção de produtores musicais. Com seu vozeirão, visual andrógino e atitude agressiva, virou rainha da disco music e tornou-se um dos maiores ícones da cultura gay. Sobre uma provável parceria com Lady Gaga, em certa ocasião disparou: "eu prefiro trabalhar com alguém que é mais original e que não está me copiando". Climão! / Créditos: Reprodução
Tetê Espíndola - Quem tem mais de 30 anos certamente lembra de sua inesquecível (e aguda) interpretação de "Escrito nas Estrelas" no Festival dos Festivais da Globo em 1985. Com uma voz de timbre ímpar e extensão incomum, fez fusões do acústico com o eletrônico e experimentalismos com pássaros (!!!). / Créditos: Reprodução
Nina Hagen - Eterna musa de Supla na canção "Garota de Berlim", a cantora alemã teve grande sucesso internacional e ficou famosa por suas extravagâncias vocais, cabelos e figurinos tresloucados. Em 1985, tocou ao vivo para milhares de fãs no Rock in Rio 1 / Créditos: Reprodução