Você veste 40, foi comprar um biquíni e só o G coube?
Você veste 40, foi comprar um biquíni e só o G coube? Pois viemos aqui acabar com os seus problemas e avisar que loucos são eles: OS BIQUÍNIS!
Sim, já aconteceu com você este mês. Ou mês passado. Você foi comprar um biquíni e achou que estava ficando louca. Afinal, você veste 38 e o biquíni M não coube em você. Como assim? Seu tamanho agora é G? Será que você pirou? Não, quem surtou foram os biquínis – ou os fabricantes. Casos: eu, Nina Lemos, editora desta seção, 47 quilos, manequim 36 (para ficar largo, senão é 34), me vi comprando um biquíni M em uma famosa marca de biquínis. Será que enlouqueci e virei uma puritana que gosta de biquíni grandão? Não. Tratamos de investigar.
Primeiro, existe uma tabela para vender biquínis de exportação, feita pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Segundo essa tabela, o P brasileiro equivale, na Alemanha, por exemplo, a um 36; o M, ao 38; o G, ao... 40, 42 (oi?), e, claro, se você usa 44 talvez não encontre o biquíni porque não são todas as lojas que vendem o GG. No biquíni M da editora desta seção (que tem mania de escrever em terceira pessoa) está escrito M (no Brasil), S – de small, pequeno (nos Estados Unidos) e P (na França). Ou seja, antes de achar que está louca ou gorda, olhe a ETIQUETA do biquíni.
“Acredito que devia existir uma padronização”, diz a editora de moda Vivian Whiteman, da Folha de S.Paulo. “Meu problema é que sou peituda. E em muitas lojas não encontro mesmo top que me caiba.” A produtora de moda Maira Goldschmidt, que veste 36, sofre confusão contrária. “O que percebo é que biquínis costumam ter muito pouca variação entre o P e o M – teve um verão que comprei dois iguais, mas cada um com uma numeração (P e M).” Conselho das duas: sempre comprar em lojas que vendam tops separados de calcinhas. E Maira dá outra dica: “Acho que as lojas populares seguem um padrão mais real da população brasileira”.