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O universo de Gatsby

por Gabriela Sá Pessoa

O filme ”O grande Gatsby” estreia hoje e a Tpm traz tudo para você entrar no clima dos loucos anos 20

Pode procurar: O grande Gatsby, livro escrito por F. Scott Fitzgerald em 1925, figura em praticamente todas as listas de melhores romances de todos os tempos. Agora, quase um século depois, a empolgação em torno do ricaço e festeiro Jay Gatsby ganha novo fôlego com a estreia - uma das mais aguardadas da temporada - da quinta adaptação cinematográfica do clássico. 

Com direção de Baz Luhrmann, o mesmo de Moulin Rouge, e com Leonardo DiCaprio (Gatsby), Carey Mulligan e Tobey Maguire nos papeis principais, o filme é deslumbrante. E usa tecnologia 3D, além da ótima trilha sonora produzida por Jay-Z, para reviver o texto envolvente e ágil de Fitzgerald (ele mesmo um grande roteirista de Hollywood), que traduz tanto a euforia dos loucos anos 20 nos Estados Unidos como os sinais da falência do “sonho americano”. Aqui, a Tpm dá dicas para você entrar com tudo no universo do filme mais badalado do mês. 

Por que ler?

Fã de F. Scott Fitzgerald e tradutora do clássico O grande Gatsby, a escritora Vanessa Barbara (autora de O verão do ChiboO livro amarelo do Terminal) diz por que ler o livro antes de ver o filme com DiCaprio.

Tpm. Por que ler o livro antes?
Vanessa Barbara. Porque ele traz todo um clima impossível de ser replicado senão em palavras. A relação entre os personagens não é simples nem maniqueísta, o próprio narrador tem inúmeras facetas de caráter. E também há momentos de suspense que só funcionam no papel.

Como quais? Como quando eu percebi quem estava dirigindo o carro [na clássica cena do atropelamento], antes de o autor deixar claro. Lembro de estar no meu quarto e ter feito um "GHHHH!!" em voz alta. Esse é o tipo de coisa que funciona muito bem na literatura e nem tanto no cinema, por motivos óbvios.

O que espera do filme? Estou morrendo de medo [da adaptação]! Só consegui ver o trailer semana passada, e até que achei razoável. Vamos ver. 

Vai lá: O grande Gatsby, ed. Penguin/Companhia das Letras, R$ 25

 

O que beber?

“O drink foi inspirado no nome da mansão de Gatsby [West Egg]. A cor dourada e as folhas de louro remetem à riqueza do personagem, e o aroma perfumado da fusão de rosas e pepino do gin com o louro remetem às festas cheias de lindas mulheres que aconteciam na mansão.”

West Egg

Ingredientes
50ml de gin Hendricks
15ml de Xarope Simples
4 folhas de Louro
1 ovo inteiro
50ml de Chopp

Bater todos os ingredientes em coqueteleira, menos o chopp. Realizar dupla coagem para uma taça vintage sem gelo, previamente resfriada e completar com o chopp.

Paulo Freitas, bartender do Bar Astor (RJ) e vencedor da etapa brasileira do Diageo World Class, que elege o melhor barman do mundo

Vai lá: Bar Astor – avenida Vieira Souto, 110, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, (21) 2523-0085

 

 

O que vestir?

“O [vestido] tubinho, mais solto no corpo, é a coisa mais marcante, ele foi adaptado em todas as décadas e permanece até hoje. E foi a primeira vez em que a mulher usou saias mais curtas e mostrou o tornozelo.”

Costanza Pascolato, consultora de moda

 

O que ouvir?

“Adoro o charme que a década de 20 plantou por aí com um cheirinho bom, que só imagino, de Coco Chanel nº 5. As pérolas, os tecidos mais soltos, os primeiros musicais de Hollywood com as músicas de George Gershwin, os passos desengonçados de tão alegres do Charleston, enfim, puro charme. Engraçado, apesar disso, acho que meu maior link com anos 20 é Carmen Miranda. Cantora preciosa, de personalidade porreta, que criou uma estética bem 'prafrentex' com seus balangandãs. Sim, sua fase it girl foi na década de 30, mas assim como Louis Armstrong - que desbravou notas musicais por cabarés de Chicago nos anos 20 -, Carmen fez brotar sua carreira no Rio de Janeiro também de uma sementinha vintage. Por isso, a dica é ouvir qualquer coisa da King Oliver’s Creole Jazz Band, que teve participação do Louis Armstrong ainda novinho; ouvir também a rainha do blues Bessie Smith; e principalmente Rhapsody in Blue composta pelo ícone George Gershwin. Já brazucas, as dicas estão na trave dos anos 20, Carinhoso, de Pixinguinha (1917), Pra você gostar de mim (Taí) gravada por Carmen Miranda em 1930, e o clássico Com que Roupa de Noel Rosa (1930).”

Rhaíssa Bittar, cantora

Vai lá: www.rhaissabittar.com.br

Trailer do longa:

 


Vai lá: O grande Gatsby, em cartaz nos cinemas.

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