O céu é o limite
Festejada pelos moradores no verão, NY tem muita diversão ao ar livre
Créditos: Arquivo Pessoal
Por Tania Menai
em 18 de julho de 2011
Festejada pelos moradores no verão, Nova York tem show, filme e ópera para quem gosta de diversão ao ar livre
Vista de fora, Manhattan pode até ser aquela selva de pedra amedrontadora e cinzenta. Mas os moradores sabem como ninguém aproveitar cada pedacinho verde que a cidade oferece. No verão, cada parque ou praça se enche de eventos ao ar livre, como se a felicidade fosse acabar no dia seguinte – de fato, acaba: no inverno.
A coisa é organizada, patrocinada e bem divulgada. Sem dúvida, os eventos mais memoráveis são os concertos de música clássica no Central Park e no Prospect Park, no Brooklyn. Não há como descrever milhares de pessoas sentadas na grama, com suas cestas de piquenique, garrafas de vinho (que, nessas ocasiões, são liberadas pela polícia) e pequenas velas para iluminar a noite. Idosos, moderninhos, crianças. E mais: imediatamente após o show, não sobra um papel sequer sobre a grama.
O mesmo acontece na mostra de cinema no Bryant Park, onde a cada segunda-feira é exibido um filme de décadas passadas. Mas o must é assistir aos desenhos do Pernalonga, que antecedem cada filme, e ainda dançar o jingle da HBO, patrocinadora do evento.
Fãs de ópera também são bem servidos no Central Park, sem falar nos aficionados por teatro, que entram em filas intermináveis (levam até cadeira portátil) para pegar ingressos gratuitos para o Shakespeare in the Park. A programação também oferece uma vasta agenda pop no Summer Stage, palco no qual já pisaram brasileiros como Lenine. Também de graça.
Vinho sob estrelas
O segredo do sucesso desses eventos é a segurança. Não só os parques e as praças são bem preservados, a grama é limpa e bem cortada, como cada evento é bem policiado. Além disso, há respeito – ou, pelo menos, tenta-se – entre o público.
Deitar na grama olhando o céu estrelado, saboreando um vinho e assistindo a um filmaço ou escutando a Filarmônica de Nova York com tranquilidade, literalmente, não tem preço. O que custa caro, no entanto, é a infraestrutura da cidade, o investimento nos parques, na polícia, na educação da população. Aproveite tudo isso, caso você esteja por aqui até o fim de agosto.
Tania Menai é jornalista, mora em Manhattan há 15 anos e é autora do livro Nova York do Oiapoque ao Chuí, do blog Só em Nova York, no site da Tpm e também do site www.taniamenai.com
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