As meninas da redação resolveram conferir o SPFW. E narram como foi a primeira vez.
Por Mariana Haddad
Gosto de moda desde pequena. Minha mãe tem uma tia que vendia roupas e tinha uma butique em casa. Lembro que ela costumava organizar desfiles toda virada de coleção. Nada de mais. Às vezes até minha mãe servia como modelo, mas, para mim, aquilo era um acontecimento! Hoje em dia, não sou o tipo de pessoa que segue a moda à risca. Tenho fases de desleixo total, mas ainda assim gosto de ficar por dentro do que acontece nesse “mundo”, observar...
Estou na Tpm há um ano, e até o dia 12 de junho tinha recebido apenas um convite para o SPFW verão 2008. Por ser no meio da semana de fechamento e no horário do nosso expediente, me lembro de ter olhado, suspirado... mas acabei deixando o convite de lado, porque o dever me chamava... ou melhor, gritava!
Eis que meu dia chegou. Terça-feira passada (12), recebi na revista uma camiseta da Cavalera, e na etiqueta estava ele, um convite para o desfile, que para a minha felicidade aconteceria no domingo.
Chegou a hora, quarenta minutos antes do desfile, lá estava eu, perdida, entrando na Bienal. Por precaução, antes de olhar tudo o que tinha por lá, decidi descobrir onde ficava a sala do desfile. Depois de alguns pedidos por informação, lá estava ela, a “Sala 3”.
Pronto; agora podia relaxar e dar uma circulada até a hora do desfile... Como só tinha convite para entrar no lounge da Melissa, que por sinal ainda não estava aberto, decidi voltar e esperar na fila que já se formava na porta da sala.
Ao liberarem a entrada, encontrei o Alex (produtor da revista Trip), que também estava por lá. Alegria! Ele precisava encontrar uma pessoa, então acabei entrando na sala antes dele. Ao meu lado uma “gringa” me deu uma bolsa da Cavalera, e me explicava que em todas as cadeiras havia bolsas... “um presente para os convidados” . Por sinal... linda a bolsa! Se não fosse pela gringa eu nem levaria pra casa!
O desfile começou por volta das 15h50, e a impressão que tive é que em vinte minutos já havia terminado... passa tão rápido! A trilha sonora foi incrível, as roupas eram bem coloridas, enfim, eu definitivamente usaria!
Na saída do desfile encontrei o Alex de novo, e andamos mais um pouco por lá. Até massagem e um espumante eu quase recebi em um dos lounges... se não fosse pela minha vergonha master, que me impediu de aceitar os mimos... simplesmente amei tudo!
A infiltrada
Por Kanucha Barbosa
Na última quinta-feira (14), fui ao meu primeiro São Paulo Fashion Week. Ganhei um convite para conferir a coleção primavera–verão da marca Maria Bonita, da estilista Danielle Jensen, e estava empolgada. Me considero uma pessoa normal, gosto de moda, mas não sigo à risca os mandamentos dos fashionistas de plantão.
Ao chegar na entrada do Parque do Ibirapuera, percebi que havia esquecido em casa o mapa com o local do desfile. Pensei em desencanar e ficar tomando um solzinho na grama perto das fontes. Estava um dia tão bonito... Até que vi, a alguns metros, um cara com uma calça skinny, camiseta, tênis All Star e óculos Tom Ford, que só podia estar indo pra lá! Segui o tal. Andei, andei e, alguns minutos depois, comecei a ver indícios de que estava no lugar certo: modelos magérrimas, óculos oversize (beeem over), botas de couro (o termômetro marcava 30 graus, e, convenhamos, botas não são normais no calor). Entrei, fui ao café, comprei um docinho, e sentei para fazer algumas anotações. O desfile estava atrasado.
De repente, um cara me cutuca. “Oi, sou da revista tal, posso tirar uma foto sua e saber o que você está vestindo?” Caí na gargalhada. Mas o cara estava falando sério! Hesitei, mas já que estava na chuva... Logo após responder perguntas, liberaram a entrada da sala 2, do desfile.
E, a propósito, o desfile foi fantástico. Cores lindas, vestidos estilo regata, tudo bem larguinho e na altura do joelho. Só não gostei das últimas roupas, que pareciam sacolas plásticas. Mas, dizem os habitués, isso é arte.
A primeira vez ideal
Por Cris Naumovs
Nunca tinha ido a um desfile de moda na vida. Nem àqueles de bairro, de quando minha mãe vendia lingerie de catálogo. Mas comecei em grande estilo.
Há uns meses, durante a Tpm 65, conheci Isabela Capeto, que foi uma de nossas capas. E ela, simpática que é, mandou ontem aqui para a redação um convite para seu desfile na Fashion Week, na primeira fila.
Quando cheguei e vi que era na marquise, já me deu um apego. A vista era pro parque, luxo total. Então chego eu, “simprinha”, e sento ao lado do Alcino Leite Netto, o editor de moda da Folha de S.Paulo. Vergonha! A única coisa ruim são os bancos de papelão, mas imagino que seja a onda do politicamente correto. Relaxo e seja o que Deus quiser.
Começou o desfile. No cenário, umas redes com verduras, a entrada do MAM ao fundo, e a aranha da artista plástica Louise Burgeois que deixava o cenário ainda mais bacanudo.
Ao fundo, tocava “Ain't no Sunshine”, que, confesso, me deu um arrepio na alma. A minha primeira vez era com uma boa trilha, o que já é meio caminho andado.
Sou uma moça de calça jeans e camiseta. A coisa mais fashion que tenho comprei há três dias e é um All Star da Rosa Chá. E já me sinto a Dakota Fanning, numa campanha do Marc Jacobs. Mas saí de lá querendo ser uma moça de vestido, só pra poder usar as coisas que Isabela faz. As roupas são lindas, todas.
Quando tocou “Ain't no Mountain High (Enough)” me deu vontade de sair pulando, mas achei que não pegava bem. Fiz a contida.
Temos todas que fazer um lindo carnê na loja da Isabela, porque, mesmo não entendendo nada de moda, tudo era lindo.