por Nina Lemos

O absurdo Projeto de Lei que pode restringir o atendimento a vítimas de estupro

Hoje em dia, se acontece com uma menina a desgraça de ela ser estuprada, ela pode recorrer a uma rede de saúde, onde terá atendimento obrigatório, que incluirá todos os exames, remédios profiláticos e… claro, isso é o mínimo para quem foi vitima de um crime bárbaro como esse! A legislação brasileira permite também o direito ao aborto em caso de estupro. Pelo menos na teoria, as coisas funcionam assim. 

Pois não é que o deputado desconjuro Eduardo Cunha, aquele que parece odiar as mulheres, quer acabar com toda essa assistência?! Sim, ele criou um projeto de lei que diz que as mulheres só devem receber o atendimento DEPOIS de passar por um exame de corpo delito. Imaginem a situação: a pessoa está machucada, fisicamente e psicologicamente, e ainda tem que passar por um exame invasivo antes? Existe coisa mais cruel? Existe coisa mais desumana?

Além do mais, o tal projeto é tão, mas tão cruel, que criminaliza ainda quem ajudar a vitima de violência sexual a fazer um aborto (detalhe, o direito ao abortamento nesses casos está previsto em lei). Qualquer pessoa que, por exemplo, amparar a vítima e se quer orientá-la a um aborto. A vítima, vamos repetir, a VÍTIMA! 

Não entrevistamos novamente Eduardo Cunha, autor desse projeto criminoso. E também o projeto em si. Mas pedimos encarecidamente para os membros do Congresso Nacional: pelo amor das suas filhas, por favor, não aprovem isso. Não queremos voltar para a Idade Média! Não culpabilizem as mulheres vítimas de estupro. Não façam isso, por favor. É um apelo.

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