Mulheres que dizem sim
Chega de garotas que fazem joguinhos com medo de ganhar fama de fácil. Inauguramos este Badulaque do mês dos namorados fazendo um apelo: diga sim! E, como diria Iggy Pop: “We need love, not games”
“O futuro começa esta noite. Então eu te convido: vamos arrumar alguma diversão e fazer algum sexo.” Jarvis Cocker, em Tonite
Ouça um bom conselho que eu te dou de graça. Não faça jogos. Se quer mesmo ficar com aquele cara – ou até se não tem muita certeza, mas sabe que ele é legal – não pense duas vezes, diga sim. Se você mora em Marte ou em outra sociedade avançada, vai achar que sou uma louca dizendo o óbvio. Claro, desde quando a gente deixa de dizer sim para as coisas que quer? Se você mora no planeta Terra e é mulher, sabe que há muito tempo a gente sabe falar sim para trabalho extra e até para o homem chato do telemarketing. O único não que nós, garotas, aprendemos na vida é o não sexual. Na adolescência, começa com o “não passa a mão no meu peito”. E, depois que a gente cresce, aparece o não que quer dizer sim, que funciona mais ou menos assim:
Ele: Quer dormir comigo esta noite?
Ela (resposta): Será?
Ela (pensamento): Claro que eu quero!
Ele: Vamos!
Ela (resposta): Ai, acho melhor não.
Ela (pensamento): Tomara que ele insista mais, porque eu não vejo a hora.
O resultado disso tudo são garotas e garotos voltando sozinhos para casa (quando na verdade queriam voltar juntos e ser felizes para sempre por uma noite, o que já é uma grande coisa). E por que a gente diz não para uma coisa que quer? Pra não ficar com fama de fácil? Pois seja uma mulher fácil! Qual é a vantagem de ser uma pessoa difícil? Facilite um pouco as coisas pra você e aprenda que dizer sim é liberdade.
nota da redação: para pensar: o maravilhoso Jacques Lacan dizia que o inconsciente não conhecia a palavra não. Ou seja, para Lacan, o não nem existe!