A chegada da primavera é mais do que comemorada na Argentina porque marca o fim do inverno (dãããr). No meu primeiro ano por aqui eu não entendia o motivo de tanto estardalhaço mas, depois de acumular alguns invernos totalmente encapotada, entendo porque a chegada da estação das flores e do calorcito é recebida com fanfarra e tudo mais.
Explico: tem ambulante vendendo (e gente comprando) flores em todos os lugares. As pessoas também se felicitam como se fosse natal, ano novo ou dia do amigo. “Feliz día” é a frase que eu mais escutei no trabalho hoje. Um colega aqui da firrrma inclusive comprou chocolates pra todo mundo.
Outra característica do dia da primavera é que as mulheres, como bem disse outro colega do trampo, saem pelas ruas totalmente “descocadas”. O que quer dizer algo como “livre, leve e solta”. Elas se jogam na minissaia, no decote e sobretudo nos tecidos... floridos!
Mas o que MAIS chamou a atenção dos meus olhos de observadora 24X7 no caminho de casa ao trabalho, veja bem, não foi todo o auê gerado pela chegada da estação mais cuti-cuti do ano, não.
Mas, sim, um turista brasileiro que estava secando uma lata de Quilmes na Plaza de Mayo às 10h15 da manhã. Ele bem que poderia ter esperado mais uns 45 minutos pra começar a beber pelo menos às onze, né?
(Aqui caberiam as hashtags #inveja e #lovebrazilianpeople)
Enfim... Vale dizer que a minha pessoa está vestida como sempre. Mas que é um prazer incomensurável usar uma sapatilhinha em vez de bota e um casaco leve em vez de 500 camadas de roupa e, ainda por cima, ganhar um chocolate quando chega no trabalho!
Feliz dia da primavera pra quem é de Argentina e feliz dia da árvore pra quem é de Brasil :-)
Ps.: nas fotos, o Rosedal, nos Bosques de Palermo. Sou apaixonada por este lugar desde pequenininha.