Los Fabulosos Cadillacs

por Ana Manfrinatto

Os Fabulosos Cadillacs voltaram e fizeram todo mundo “pasarla bien” no Luna Park

 

Ontem eu parecia um zumbi: meu dia começou às 6h45h, eu só consegui engolir uma empanada às 16h e tive que deixar a firma às 17h30 com o Outlook lotado de e-mails não lidos para fazer um “trâmite” no Microcentro antes das 18h. Pânico. Sendo que mais tarde tinha um eventinho. O da vez foi o show do Los Fabulosos Cadillacs no Luna Park.

(Sem contar que Deus olhou para mim com a lupa de Itú na base de quatro vezes), a segurança do Luna mostrou que não é só o Brasil que é o país do jeitinho. Primeiro porque ela deixou a minha amiga entrar com uma garrafinha de Paratiana – que na verdade continha um bálsamo suíço para afastar o cansaço (e o Bozo) na hora de dormir – em vez de água-que-passarinho-não-bebe.  E ainda disse: - “Espero que você se responsabilize por isso”.

Quando chegou a minha vez, ela foi revistar a minha bolsa e quase caiu para trás. Tinha de um tudo lá dentro incluindo o guia do plano de saúde (que mais parece o Novo Testamento), uma sacola com a saia que eu tinha comprado antes, caderninho, máquina fotográfica, coisas mil etc… Até que ela disse: - “Ai, cansei. Mas você tem cara de pessoa boa, pode passar”.

Muito obrigada, moça!

E enfim, todo o cansaço e o mau-humor foram embora quando os Fabulosos Cadillacs subiram ao palco do Luna Park. Não sou profunda conhecedora dos caras mas simpatizava com a banda pelas canções que eu ouvia no rádio e no setlist alheio.

Agora acho que eu sou fã porque eles me fizeram dançar durante duas horas. E não só a mim como a todas as pessoas que lotavam o estádio com capacidade para mais de 20 mil pessoas. Foi um showzaço! E contou com participações especiais como a banda (que eu adoro) Dancing Mood e com Pablo Lescano.

Esse aí merece um parágrafo só para ele… Pablo Lescano toca um “organito” que tem a aplicação de uma mulher pelada sobre as cores da bandeira da Jamaica no grupo de cumbia Damas Gratis. E Pablo Lescano agora é cool.

E ele é o máximo! E fez geral dançar com a mãozinha para cima “segurando o teto”, como diria o jornalista curitibano Felipe Laufer. Explico: assim como dançar marchinha de carnaval com os dedinhos para cima, a chave do sucesso no que diz respeito à cumbia é dançar levando as mãos e os braços para cima.

Conclusão, os caras fizeram um mix de sons velhos com roupagem nova e de novíssimos saídos do forno antecipando o lançamento do próximo álbum, “El arte de la elegancia”. Esses meninos (que haviam se separado) fizeram bem em voltar.

O site deles tem vídeos e coisinhas para baixar. Para quem sempre pergunta sobre bandas argentinas legais, fica a dica.

 

fechar